O início da vacinação no Brasil está cada vez mais próximo. Ainda que o ministro da saúde, general Pazuello, não tenha especificado o dia exato, a ANVISA e o Ministério da Saúde vem tomando medidas que sinalizam que o Plano Nacional de Vacinação está prestes a ser posto em prática. Duas vacinas – a produzida pela Oxford, e a produzida pelo Butantan – já estão sendo analisadas pela ANVISA e podem ter o uso emergencial permitido a partir de segunda, dia 18/01.
A vacinação é imprescindível para frear a COVID-19, doença altamente contagiosa que já vitimou mais de 200 mil pessoas no Brasil, em uma média de cerca de 1000 mortes por dia. Com a imunização em larga escala, a tendência é de queda principalmente no número de casos graves, internações e mortes. Como as vacinas demoram de 2 a 4 semanas para atuar no organismo, as medidas de prevenção e higienização já conhecidas de todos deverão ser mantidas em um primeiro momento. Com a diminuição gradativa do chamado ‘lock-down’, as vacinas também ajudarão na retomada econômica, pois a imunização em massa permitirá a retomada de diversas atividades comerciais. Quem recebe uma vacina se protege e protege também as pessoas de seu convívio social, incluindo familiares, amigos e colegas de trabalho.
Nesta quinta-feira, 14/01, um avião fretado vai à Índia buscar 2 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela Astrazeneca-Oxford. A ‘vacina da Oxford’ - como este imunizante está sendo chamado no Brasil - possui eficácia média de 70,4% e não causou nenhum efeito adverso grave ou morte durante a fase de estudo. O imunizante já é utilizado no Reino Unido e foi liberado para uso emergencial na Argentina, no México e na Índia.
A outra vacina que espera aprovação no domingo é a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A eficácia geral da vacina é de 50,38%, com 100% de eficácia em casos graves. Ou seja, durante os estudos, nenhum vacinado com Coronavac desenvolveu a forma mais grave da COVID-19. O imunizante já foi aprovado para uso na Indonésia e deve ser aprovado na China nos próximos dias. A ANVISA entende que o Butantan ainda não enviou cerca de 50% da documentação necessária para análise de liberação.