Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta expressiva nesta sexta-feira. Os ganhos foram sustentados pelo clima desfavorável no Meio-Oeste dos Estados Unidos. "O calor no norte das Grandes Planícies e no norte do Meio-Oeste está ameaçando as lavouras recém-implantadas", disse a Mizuho Securities. "Sem dúvida, o clima se tornou a principal influência sobre o mercado, então é bom se preparar porque os próximos 30 dias serão bastante agitados", disse Dan Hueber, da corretora The Hueber Report, em comentário diário. O vencimento julho da oleaginosa subiu 34,50 cents (2,23%), para US$ 15,8375 por bushel.
O desempenho do óleo de soja, que avançou 3,62%, também impulsionou as cotações. O derivado, por sua vez, foi influenciado pela alta do petróleo e pela perspectiva de forte demanda da indústria de biodiesel nos EUA.
Dados semanais de vendas externas dos EUA vieram dentro da expectativa do mercado. De acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA), exportadores venderam 17,8 mil toneladas de soja da safra 2020/21 na semana encerrada em 27 de maio. O volume é 68% menor que o da semana anterior e 82% inferior à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2021/22, foram vendidas 180,3 mil toneladas. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires esperavam vendas totais entre 100 mil e 500 mil toneladas
Ontem, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que a colheita de soja na Argentina atingiu 96,6% da área semeada, um avanço de 5,2 pontos porcentuais na semana. Segundo a Bolsa, foram colhidos até agora 42,4 milhões de toneladas, com rendimento médio nacional de 2,69 toneladas por hectare. A estimativa de produção foi mantida em 43,5 milhões de toneladas. Quanto ao Brasil, a Datagro elevou na quarta-feira sua previsão de safra, de 136,34 milhões para 136,96 milhões de toneladas.