Atuante nas manifestações em Brasília, ocorridas na última terça (7), o engenheiro agrônomo e apresentador do Campo Web, José Domingos, concedeu entrevista ao JM Digital na noite de quarta (8). O profissional do mundo agro comentou sobre as pautas apresentadas pelo grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro, e também deu detalhes sobre o grupo de tupanciretanenses que esteve presente nos atos.
Ao início de sua fala, José Domingos fez um breve comentário sobre a política na sociedade brasileira:
- "Temos o direito de usar os símbolos nacionais. Estamos polarizados politicamente, mas estamos mais politizados. Notamos isso em Tupanciretã e nos municípios do interior, que estão mais politizados do que os grandes centros. A sociedade urbana da capital ainda é ignorante politicamente. Essa é a leitura de um engenheiro agrônomo que procura estar se atualizando diariamente".
Em seguida, José Domingos exaltou a força do povo, e comentou criticamente a atual relação entre os três poderes da República: executivo, legislativo e judiciário:
- "O povo na rua faz com que os membros do poder saibam o que o povo quer. O principal motivo de vir até aqui é a condição hoje existente nos três, onde queremos buscar a uniformidade de direitos entre eles. Não observamos a presença de nenhum deputado ou senador presente nas comemorações em Brasília", disse José Domingos, indagando sobre a falta de representantes nas manifestações.
Ao falar sobre o grupo de tupanciretanenses presentes nas manifestações, o engenheiro agrônomo seguiu explanando sobre as questões políticas que motivaram o grupo, e elencou três pautas principais:
- "Primeiro, para segurança nacional, defendemos o voto auditável. Isso é questão prioritária. A urna eletrônica pode até ser confiável, mas queremos uma transparência maior. O segundo ponto é o saneamento dos três poderes: eles precisam fluir, mas sem a mordaça jurídica que vem acontecendo. Isso não é bom para a sociedade. Não queremos que a liberdade seja cerceada. O último ponto é o direito à liberdade, que foi exercido até hoje, e fará falta se, caso um dia, não o tivermos. Tenho certeza que a comunidade de Tupanciretã e as pessoas que querem ver um Brasil melhor, querem ser vencedores".
José Domingos também destacou o trabalho do JM Digital na cobertura do evento:
- "Quero destacar o valor de termos uma mídia municipal em um evento como esse. Temos de respeitar a opinião do jornalista, mas o jornalista também tem o direito de ser brasileiro. Somos partes de um sistema, e temos de evoluir".
E finalizou comentando sobre a história do mundo agro em Tupanciretã e sobre a trajetória das famílias que pertecem a esse setor:
- "Todos aqui resolveram os seus problemas, todos começaram devagarinho. A minha geração, a minha família, chegou em Tupanciretã para trabalhar com a terra, e se juntou com pessoas sábias: Ataliba Soldera, família Ceolin, família Vendruscolo, família Balzan, família Basso, família Secretti, entre outras. Além das famílias tradicionais de Tupanciretã: família Terra, família Herter, família Pereira", disse, citando o ex-presidente Juscelino Kubitschek que, não sendo unanimidade e vindo de baixo, construiu Brasília, a capital mais moderna do mundo. "Tupanciretã, a Terra da Mãe de Deus é valorizada. O grupo que veio aqui sabe da onde veio, e por isso valoriza para onde vai. Viemos aqui valorizar o Brasil, graças ao apoio de muita gente", afirmou.