Em 15 de outubro, o Dia do Professor é comemorado no Brasil inteiro. A data que exalta a existência desses profissionais, facilitadores e divulgadores do conhecimento, costuma destacar o papel imprescindível dos professores na formação dos cidadãos para a vida em sociedade e também a situação salarial muitas vezes defasada dessa classe de trabalhadores.
Mas, como surgiu a data de comemoração ao Dia do Professor? Para conhecermos sua origem, devemos voltar ao Brasil da década de 1940, mais especificamente, ao ano de 1948. Neste ano, a jornalista, professora e deputada catarinense Antonieta de Barros foi autora da Lei Estadual nº 145/1948, instituindo o Dia do Professor em Santa Catarina. A data passaria ao status de oficial no Brasil inteiro em 1963, através de promulgação do então presidente João Goulart.
Nascida em 1901, Antonieta de Barros iniciou sua carreira política em 1934, apenas dois anos depois das mulheres brasileiras conquistarem o direito de participarem ativamente das eleições do país, e menos de 50 anos depois da Abolição da Escravatura. Filha de uma escrava liberta, Antonieta defendia a educação como libertação para uma vida digna. Aos 17 anos, lançou curso com o objetivo de alfabetizar adultos pertencentes à população carente da cidade de Florianópolis (na época, chamada de Desterro).
Sua luta pela democratização da educação a levou às páginas dos jornais, escrevendo crônicas e artigos que contestavam o papel servil e coadjuvante da mulher na sociedade. Chegou a ser comparada com Anita Garibaldi. Antonieta de Barros: uma personagem da história brasileira que não deve nunca ser esquecida.
BÔNUS: PROFESSORA HELEY DE ABREU
Em 5 de outubro de 2017, o vigia do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, creche localizada em Janaúba, cidade no interior de Minas Gerais, ateou fogo em si mesmo e em outras pessoas, iniciando um incêndio no prédio.
Em meio às chamas, a professora Heley de Abreu lutou contra o autor do crime, inclusive salvando crianças pela janela da creche. Infelizmente, a educadora não resistiu ao fogo. Sua atuação heroica causou comoção nacional, e levantou debate das condições de infraestrutura nos educandários, pois a creche não possuía extintor de incêndio. Heley de Abreu é mais uma professora e personagem da história brasileira que não deve nunca ser esquecida.
*texto com informações do jornal El País