Tupanciretã, 08/04/2022 - Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta na sexta-feira, acompanhando o desempenho do óleo de soja. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo aperto da oferta global de óleos vegetais e pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O avanço do trigo, que pode levar funds que investem em commodities a comprar contratos, também deu suporte. O vencimento maio da oleaginosa subiu 43,50 cents (2,64%), para US$ 16,89 por bushel.
O relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado mais cedo, não mexeu com os preços. "Estamos mantendo nosso prêmio de risco", disse Don Roose, da US Commodities, acrescentando que o relatório de maio deverá trazer mais informações sobre o balanço de oferta e demanda nos EUA e no mundo. "Este não é um dos grandes relatórios, estamos esperando o de maio."
O USDA reduziu sua estimativa para reservas nos EUA ao fim da temporada 2021/22, de 285 milhões para 260 milhões de bushels (7,76 milhões para 7,08 milhões de toneladas). Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam uma redução maior, para 254 milhões de bushels (6,91 milhões de toneladas). Quanto aos estoques mundiais de soja ao fim de 2021/22, a projeção foi reduzida de 90 milhões para 89,6 milhões de toneladas, enquanto o mercado projetava um número menor, de 88,4 milhões de toneladas.
Quanto à safra 2021/22 no Brasil, a estimativa de produção foi cortada de 127 milhões para 125 milhões de toneladas, em linha com a expectativa de analistas. A previsão de exportação foi reduzida de 85,50 milhões para 82,75 milhões de toneladas. Já previsão para a safra da Argentina foi mantida em 43,50 milhões de toneladas, ante expectativa dos analistas de 42,6 milhões de toneladas. A estimativa de exportações ficou inalterada em 2,75 milhões de toneladas