Em meio aos túmulos e jazigos do Cemitério Municipal de Tupanciretã, uma sepultura simples chama a atenção, não por seu glamour ou exuberância, mas pela história que representa. Localizada próxima à entrada principal e com estrutura modesta, a sepultura guarda as memórias de um médico cuja trajetória deixou uma marca significativa na doutrina espírita e na saúde pública. Oscar José Pithan, falecido em 1942 aos 62 anos, que, além de seu envolvimento com o Espiritismo, atuou também como médico particular para a presidência da República. Sua vida e carreira representam uma contribuição expressiva tanto na área médica quanto na promoção dos valores espirituais.
Imagem: Internet.
Oscar José Pithan teve uma trajetória diversificada e de grande dedicação ao conhecimento e à medicina. Ele estudou Filosofia e Direito Romano, cursou três anos de Engenharia, e trabalhou como arquivista na Secretaria de Obras Públicas do RS. Formou-se em Farmácia e Medicina pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1912, onde, ainda como estudante, cofundou o Hospital Espírita de Porto Alegre, sendo nomeado seu Presidente de Honra. Atuou como médico em várias regiões, incluindo São Luiz Gonzaga, Mato Grosso e São Borja, e foi professor e diretor nas Escolas de Medicina e Cirurgia, com destaque na área de Homeopatia. Além disso, foi médico particular da família do Presidente Getúlio Vargas.
O Abrigo Espírita Oscar José Pithan, fundado em 1949 na terra natal de Pithan, é uma instituição filantrópica que oferece assistência social e espiritual. Dedicado ao acolhimento de idosos em situação de vulnerabilidade, o abrigo garante cuidados integrais de saúde, alimentação e higiene para cerca de 35 residentes. Além dos cuidados físicos, realiza atividades doutrinárias espíritas, como palestras e grupos de apoio espiritual, sustentando-se por meio de voluntários e doações, guiado pelos princípios de caridade e fraternidade da doutrina de Allan Kardec.
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