Nove meses depois, desde que o pedido de abertura do processo foi aceito pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o impeachment de Dilma Rousseff tem um desfecho. A votação no Senado, ocorrida nesta quarta-feira (31), decidiu pelo afastamento definitivo de Dilma do cargo.
Foram 61 votos favoráveis ao entendimento de que a petista cometeu crime de responsabilidade fiscal no exercício do mandato ao assinar decretos de suplementação orçamentária, além das chamadas "pedaladas fiscais". Outros 20 senadores votaram contra. Com isso, o PT deixa o poder após 13 anos.
Diante do resultado pela condenação, Dilma é destituída do cargo. Ainda será votado se ela fica inabilitada para exercer qualquer função pública por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.
O presidente interino Michel Temer será efetivado na presidência do Brasil em sessão do Congresso prevista para hoje.
A defesa de Dilma Rousseff prepara, desde o início da semana, um recurso ao STF para questionar a confirmação do impeachment da petista no Senado. O trabalho é feito por José Eduardo Cardozo e uma equipe que o auxilia no trabalho de defender Dilma.