Marcado Externo:
Guerra comercial debilita preços
Os preços dos contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) caíram nesta sexta-feira, com a posição mais ativa atingindo sua mínima em três semanas, depois que a China confirmou que iria impor tarifas de importação adicionais sobre produtos agrícolas dos EUA, aumentando as tensões comerciais entre os países.
Uma tarifa extra de 5% sobre a oleaginosa norte-americana passará a valer a partir de 1 de setembro, mesmo com a China já tendo proíbo a aquisição de produtos agrícolas dos EUA há quase 1 mês.
As perdas do dia foram mitigadas, em contrapartida, pela contagem de vagens do Crop Tour da Pro Farmer nos estados de Iowa e Minnesota. Os resultados ficaram baixo do ano passado e da média de três anos para cada estado.
Depois do encerramento da sessão de hoje, a Pro Farmer divulgou sua projeção para a produtividade média dos EUA na temporada 2019/20. As 51,5 sacas de soja ficaram abaixo das 54,35 sacas estimadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Chuvas benéficas sobre o Meio-Oeste nesta semana diminuíram as preocupações acerca do crescimento da secura que estressava as lavouras. Apesar disso, as previsões continuam apontando temperaturas abaixo do normal nos próximos 10 dias, justamente quando a soja atingirá a fase fenológica de maturação.
Dólar
Com tensões comerciais, dólar cai
A divisa norte-americana ampliou ganhos em relação ao real nesta sexta-feira, influenciada pela conjugação de fatores de precificação altistas tanto do mercado doméstico de câmbio quanto do mercado internacional.
Enquanto as tensões comerciais sino-americanas voltaram a crescer, o ceticismo a acerca do PIB global, a crise argentina e a possibilidade de consequências comerciais advindas da crise ambiental no Brasil impulsionaram a taxa de câmbio.
O grande fator de precificação do dia veio do movimento da China em impor novas tarifas de importação a produtos agrícolas norte-americanos e da resposta de Donald Trump no Twitter, afirmando que faria o possível para que as empresas dos EUA encerrassem suas operações na China.
O quadro de escalada dos conflitos comerciais se agravou, pois, os mercados globais pareceram frustrados com o posicionamento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no encontro de Jackson Hole. Além de não possibilitar a antevisão de qualquer medida de estímulo a economia dos EUA, Powell afirmou que a economia do país está num bom momento cíclico e que o Fed irá agir “de forma apropriada”.
No Brasil, o dia que se insinuava altista frente ao aumento da aversão aos ativos de risco do capital especulativo de curto prazo ficou ainda mais em razão da resposta de líderes da União Europeia à crise ambiental que envolve a Amazônia. Membros do G7, França e Alemanha, aludiram a possibilidade de imporem sanções econômicas ao Brasil, assim como a de cancelar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Caso a relação comercial Brasil/UE azede, levando em consideração a crise argentina, há que se supor um duro golpe ao comércio exterior do país e, por conseguinte, aos saldos das Transações Correntes, grande elo de confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira.
Comentários
Nesta sexta-feira, a China anunciou que vai impor novas tarifas sobre produtos agrícolas norte-americanos, numa nova medida retaliatória que visa atingir principalmente a base eleitoral de Trump nos estados do Meio- Oeste. Visto que a China já havia proibido as empresas do país de compras bens agrícolas dos EUA, a nova imposição de tarifas foi vista mais como uma medida simbólica.
A resposta de Donald Trump, costumeiramente via tweets, aumentou as tensões comerciais. O presidente dos EUA afirmou que está em conversas com empresas norte-americanas para que encerrem as suas operações na China, o que elevou a percepção de risco dos investidores internacionais.
Uma nova tarifa de 5% sobre a soja dos EUA será aplicada a partir do dia 1 de setembro e outra taxa de 10% sobre o trigo, milho e sorgo norte-americanos passará a valer dia 15 de dezembro, segundo o ministro do Comércio da China. O país asiático é o maior importador de soja do mundo e comprou cerca de US$ 12 bilhões do mercado norte-americano no ano que antecedeu o início da guerra comercial. A China também sancionou medidas punitivas de 10% sobre a carne bovina e suína dos EUA, que valerão a partir do dia 1 de setembro.
A reação dos prêmios portuários no Brasil exemplifica os efeitos desse novo capítulo da guerra comercial sobre o mercado do país. Os referenciais escalaram das imediações dos US$ 1,35/bushel para US$ 1,65/bushel e impulsionaram as cotações da oleaginosa junto com o dólar.
Motivação
Procure pensar menos nas pessoas e nas coisas que incomodam.
Há inúmeras coisas nas quais podemos pensar, mas muitos têm a tendência de concentrar sua atenção naquilo que mais incomoda. Se é o seu caso, tome consciência das manifestações dessa tendência.
Pense nos aborrecimentos, para resolve-los, mas procure concentrar-se nas coisas que trazem alegria.
Pedro conseguiu comprar a casa de praia com que tanto sonhava. Encontrei-o no final do verão e, ao perguntar-lhe como tinham sido as férias, ouvi um relatório de infortúnios: a casa era muito quente, os mosquitos atormentavam a noite, os vizinhos tocavam um som infernal.
Fui convidado para passar um fim de semana na casa de Pedro: fazia de fato calor, mas um ventilador de teto resolvia o problema e até ajudava a espantar os mosquitos. A mulher de Pedro, com sua gentileza característica, levava um bolo para os vizinhos barulhentos e conseguia negociar com eles uma diminuição do volume do som. O lugar era paradisíaco, a água do mar deliciosa, bater papo tomando uma cerveja na frente daquela beleza um verdadeiro privilégio. Mas Pedro continuava focado nos problemas e com isso perdia o prazer que o lugar tinha a lhe oferecer.
Os queijos suíços são gostosíssimos, mas há quem se concentre nos buracos desse queijo. Na minha família, quando alguém começa a insistir nos aspectos negativos de alguma coisa que pode causar prazer, é logo denunciado pelos outros; “você só está vendo o buraco do queijo!”
É claro que há pessoas e situações que nos desagradam, nos fazem mal. Na medida do possível, devemos tranquilamente evita-las. Mas aqui estamos falando de uma tendência: a de se deter nos aspectos negativos que qualquer realidade tem, deixando assim de usufruir o que lhe dá prazer. Examine suas atitudes, descubra que é sua tendência e, se for necessário, tente modifica-la.
Aqueles que costumam ruminar os aspectos negativos e a infelicidade têm 70% menos chances de se sentirem contentes do que aqueles que não o fazem.
Humor
Um amigo conta para o outro:
- Na minha casa tem um quadro de um cacho de uva tão bem pintado, que os pássaros chegam a vir bica-lo.
- Pois eu tenho um melhor.
Representa um cão tão perfeito que as autoridades me obrigaram a vacina-lo.
Opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.
Boas informações produzem bons negócios
Volfe Umberto Gobbato
Gerente Geral