José Domingos, engenheiro agrônomo e apresentador do programa Campo Web (que vai ao ar aos sábados pela manhã, no facebook do JM Digital), comenta o cenário agrícola da cidade de Tupanciretã em relação à safra da soja no ciclo 2020/2021.
Com estimativas de que pouco mais da metade das lavouras já foram colhidas (58%), o profissional da área de agronomia estima um capital que ultrapassará a casa de 1 bilhão de reais ao final da colheita: “Considerando que entre 42 e 43% da safra foi vendida antecipadamente, com preços próximos aos 96 reais por saca, o faturamento bruto da safra de Tupanciretã no ciclo 2020/2021 deverá estar na casa de 1 bilhão e 100 milhões de reais. Dinheiro importante para a economia do município em todos os seus setores”, explicou.
José Domingos ainda enfatizou que esse otimismo é compartilhado pelos próprios produtores: “Os agricultores se dizem satisfeitos com a colheita. Os números devem girar em torno das 57, 58 sacas de soja por hectare em nosso município”. Apesar disso, para a safra deste ano em Tupanciretã está previsto um leve atraso em relação a colheitas passadas, situação que não assusta: “A colheita está dentro da normalidade. Nos anos anteriores, estávamos com maior área colhida. Porém, esse ano o agricultor teve de iniciar o plantio mais tardiamente, o que impacta a época da colheita.”, informou.
Segundo o engenheiro agrônomo, as dificuldades enfrentadas pelos produtores estão, principalmente, relacionadas às condições climáticas: “Notamos um decréscimo da produtividade em relação ao volume inicial da colheita. Algo natural, pois tivemos algumas regiões que chegaram a ficar até 31 dias sem chuva, como as cidades de Jari, Quevedos e Jóia.”, disse.
Como no mundo agro o trabalho é incessante, José Domingos também destacou o início dos cultivares de inverno: “Agora, também é momento de olhar para as culturas de inverno, como o trigo, a aveia e o nabo. Além da pecuária, a qual encontra condições bastante propícias em nosso município”, finalizou o engenheiro agrônomo.