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Sustentabilidade Agroambiental Brasileira e Comunoambientalismo Mundial

Publicada em 20/05/21 às 19:32h

Almir Rebelo


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Texto de ALMIR REBELO - engenheiro agrônomo, produtor rural e presidente do Clube Amigos da Terra (Tupanciretã/RS) 

 

 

O Brasil lidera o ranking de países onde a produção de alimentos mais cresce atualmente, e os motivos para isso são ambientais. Na década de 80, para produzirmos 1 tonelada de alimentos, perdíamos 20 toneladas de solo por hectare por ano devido à erosão. Com produtividades médias de 25 sacos de soja por hectare, o Sistema Cooperativo do RS entendia que o ciclo da cultura da soja no Estado já estava esgotado, mas passamos a adotar a tecnologia do Plantio Direto na Palha e acabamos com esse desastre ambiental. 

O mundo teve sua primeira conferência para discutir meio ambiente em 1972, na cidade de Estocolmo. Na ocasião, ficou definida, para o ano de 1992, a ECO 92 no Brasil. Foi o início da culpabilidade e da perseguição ao Brasil pelos problemas ambientais da humanidadeA ECO 92 definiu duas bandeiras ambientais para se preocupar: biodiversidade e clima! Vejam que não se preocuparam com o solo. De COP em COP sobrou o famigerado Acordo de Paris. 

Na década de 90 consolidou-se o plantio direto na palha em todo o Brasil, potencializado com o advento da biotecnologia. Nessa época, convencionou-se que sustentabilidade, sem um conceito prático, era constituída de três pilares: econômicoambiental e social. O movimento pró-biotecnologia revolucionou o Brasil rumo ao domínio mundial em área e produção de soja, posição que já foi alcançada com a utilização de apenas 7,8% do total da área brasileira para produção de grãos - sendo que destas, apenas 4,5% são dedicadas à cultura da soja. A defesa da biotecnologia proporcionou uma discussão histórica direta entre produtores, cientistas e ambientalistas. 

Após aprovada a Lei de Biossegurança 11.105, em 2005, travou-se um novo embate sobre o Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651 aprovada em 2012. Continuaram as Conferências Ambientais em perseguição ao agronegócio brasileiro, mais recentemente, focadas no tema da sustentabilidade. A participação do produtor junto com suas entidades consolidou sua posição de ambientalista de fato. Ele é o protagonista na relação com o meio ambiente na produção de alimentos de forma sustentável. Em consequência, procuramos estabelecer um conceito de sustentabilidade que fosse real, moderno e compreensível por toda a sociedade. Sustentabilidade não tem pilares, tem um alicerce: o ambiental! Daí o ambientalmente sustentável! Questões de políticas econômicas e sociais dependem de governos. Identificamos os componentes da sustentabilidade para então conceituá-la. Começamos com nosso maior legado, o conceito de produtividade deixado pelo nosso imortal Dirceu Gassen: “É o conhecimento acumulado por hectare”! Conhecíamos a premissa de que, para produzir 1 caloria de alimentos por hectare, eram gastas 2 calorias de energia fóssil, situação que é considerada a causa do aquecimento global 

O plantio direto na palha e biotecnologia nos permitiram aumentar nossa produtividade para mais de 50 sacos (3.000 kg) de soja por hectare, e diminuirmos em 60% o consumo de combustíveis fósseis. Nossas adubações médias eram 300 kg por hectare. Aplicamos 300 kg de adubo e colhemos 3 mil kg! Buscamos no conhecimento científico a origem dos 2.700 kg de soja que não vinham do adubo e solo. O professor de Fisiologia Vegetal, Mário G. Ferri, provou através do processo fotossintético que essa produtividade vem do CO2 do ar (Carbono e Oxigênio, em média 85%) e da água (Hidrogênio, em média 5,6%) totalizando 90,6%Sobrando o oxigênio da água para nossa respiração, conforme figura 1. 

Continuamos estudando Dirceu Gassen e também o professor Elmar L. Floss, com a mais moderna máxima ambiental: para cada Kg de CARBONO e Oxigênio (CO2 + Água (Hidrogênio)) transformado em soja (alimento) é necessário o SEQUESTRO de 3,67 kg de CO2 da atmosfera. Sejamos práticos: Um hectare de soja que produza 3.000 kg (50 sacos) de soja, (90,6% são CO+H) totaliza 2.718 kg! Isto multiplicado por 3,67 tem o resultado de 10 toneladas de CO2 SEQUESTRADOS por hectare.







Considerando que, para a produção de uma quantidade de grãos é necessário produção de massa vegetal equivalente, o sequestro total de CO2 é de 20 toneladas por hectare. Se cultivarmos outra cultura no inverno com igual produtividade, o SEQUESTRO de CO2 anual totaliza 40 toneladas por hectare. Ainda sendo mais práticos: Tupanciretã cultivou 150 mil hectares de soja na safra 2020, onde colheu mais de 3000 kg por hectare e SEQUESTROU, no mínimo, 3 milhões de toneladas de CO2. O Estado do Rio Grande do Sul cultivou 6 milhões de hectares de soja e SEQUESTROU 120 milhões de toneladas de CO2. Na maior safra da história, cuja produtividade deverá superar 60 sacas por hectare, conforme figura 2o Brasil cultivou 38,6 milhões de hectares de soja, e SEQUESTROU 760 milhões de toneladas de CO2. 

Cultivando, no inverno, pastagens ou todos os tipos de alimentos, esse número dobra, seguramente, para, no mínimo, 1 bilhão e meio de toneladas de CO2 sequestrados por ano pelo agronegócio brasileiro.  Isso muda toda a discussão sobre o famigerado aquecimento global, mudanças climáticas, países emissores de CO2 e, principalmente, agricultura de baixo carbono (ABC). Todos estão com o conceito ambiental errado! 

Precisamos mudar completamente essa conceituação! O principal esteio da produção de alimentos é o CO2!  O Acordo de Paris criminalizando o CO2 e o uso dos combustíveis fósseis é UMA FARSA!  Pela forma preconceituosa e politiqueira como o agronegócio brasileiro é acusado perante a comunidade internacional, é imperioso compartilharmos com nosso governo Bolsonaro o apoio aos ministros do Meio Ambiente, Agricultura, Educação, Ciência e Tecnologia, Relões Exteriores, para mostrarmos ao mundo nosso exemplo, que deve ser seguido na produção de alimentos, com o conceito mais moderno de sustentabilidade. SUSTENTABILIDADE é a PRODUTIVIDADE na utilização dos bens e recursos ambientaistransformando ENERGIA LUMINOSA EM ENERGIA QUÍMICA (alimentos), e garantindo a vida para todas as gerações”conforme figura 1 



 

   

(figura 1) 


Cremos em uma conectividade entre Deus, a natureza e o homem que será SUSTENTÁVEL para sempre, conforme Gênesis 1;29-30. Não é justo nem moderno criminalizar o CO2. Nossa moderna agropecuária brasileira é da baixa emissão de carbono e, principalmente, do alto sequestro de carbono. Agricultura é a “arte-ciência” da transformação (Lavosier) do CO2 em alimentos (soja, milho, trigo, leite, carne...)  Ela é mitigadora de CO2! O CO2 é muito bem-vindo e NECESSÁRIO para o agroambiental brasileiro, conforme figuras 1, 2 e 3.  

 

 

(figura 2) 

 


 

(figura 3) 

 

O Acordo de Paris e as campanhas dos falsos ambientalistas contra o agronegócio brasileiro são a mais sofisticada e “promíscua variante do comunismo internacional. Não aceitamos essa injusta e criminosa interferência contra nossa Democracia e Soberania Nacional! 

Agradecemos os testemunhos de sustentabilidade com as participações da Ildiane Valentini Foletto e seu filho Lucas; das graciosas jovens, Juliane Tamiozzo Bender, e sua paixão pela biotecnologia; Amanda Basso; e Eduarda Perlin, simbolizando a continuidade e a sustentabilidade da agroambiental brasileira! 

















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