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E agora, com quem que eu vou?

Publicada em 28/11/2021 às 10:00h

Lucas Ramos Leal - Psicólogo


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E agora, com quem que eu vou?

Sempre que sou convidado a falar sobre psicologia, o assunto que mais me salta em mente é: o que é a psicologia e quais são as diferenças entre ela, a psiquiatria e a neurologia. Essas áreas do saber, por vezes, se encontram bastante intrincadas e não bastaria nem mesmo uma só pilha de livros para dar conta profundamente do assunto.

A psicologia surge como ciência em meados do século XIX, se ocupando de temas como o comportamento, a consciência, os sonhos, o senso moral, etc. A psicologia, apesar de ter se desenvolvido grande parte com testes laboratoriais encontra suas origens fortemente enraizadas no campo da filosofia.  Já a psiquiatria surge no berço das ciências médicas, se ocupa de temas comuns à psicologia, mas por um ponto de vista mais pragmático e biologicista, pressupondo, por exemplo, que as alterações da química cerebral precedem as influências do ambiente e do comportamento. O tratamento psiquiátrico se dá normalmente pela via medicamentosa. A neurologia, por sua vez, foca o seu olhar sobre os neurônios, que são as células cerebrais, e como elas atuam, interagem entre si, provocam distúrbios e influenciam no comportamento. De modo simplificado, podemos dizer que geralmente a psicologia fará um tratamento pela fala, a psiquiatria fará um tratamento medicamentoso e a neurologia fará um mapeamento cerebral e em seguida o uso de medicações ou intervenções cirúrgicas.

 

 

Importante mesmo seria desfazer o mito que a psicologia é para os casos mais leves e a psiquiatria e a neurologia para os casos mais graves. Sim, isto faz um sentido, mas não é totalmente verdadeiro. A psicologia e a psiquiatria se ocupam de casos bastante semelhantes – depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno de humor bipolar, etc. O xis da questão é que há casos em que o paciente se sai melhor com um tratamento medicamentoso até que ele volte a se adaptar novamente à realidade e tenha uma melhora da sua condição e também há casos em que o paciente não quer tomar remédios e prefere uma terapia pela fala, aprofundando-se mais em certos temas. Há vezes em que as duas terapêuticas se complementam com grande sucesso e também há casos em que a gravidade do caso coloca em risco o paciente e os que estão em seu entorno, sendo necessária uma contenção medicamentosa. A questão é que não há uma relação direta entre gravidade e tipo de profissional, isto pode, e muitas vezes deve, passar por uma escolha pessoal.

Ao que me parece, os consultórios dos neurologistas são ocupados em maior parte por crianças com problemas de desenvolvimento ou comportamento como o famoso TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), idosos com problemas ligados à demência, Alzheimer e outras condições mais ligadas ao biológico.

Enfim, se você tem um problema e deseja procurar um tratamento de saúde mental, é importante que se busque um profissional humanizado e, sobretudo, ético. Dentre as linhas teóricas dentro da psicologia, como a comportamental, Gestalt-terapia, humanismo, etc, escolhi a psicanálise porque isto fazia sentido e correspondia a mim por uma questão estilo – ética – direcionamento. Desconfie daqueles profissionais que misturam linhas teóricas, ou misturam a ciência com outras áreas do saber como a religião. Que todos possamos encontrar saúde, acolhimento, sentidos e mudanças com profissionais sérios e dedicados.

 

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