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Origem da nossa Chama Crioula: símbolo dos Festejos Farroupilha completa 77 anos

Publicada em 15/09/2024 às 20:44h

João Cesar Flores


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Origem da nossa Chama Crioula: símbolo dos Festejos Farroupilha completa 77 anos

 

Neste ano, a Chama Crioula foi gerada e distribuída na cidade de Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. No dia 16 de agosto, foram oficialmente abertos os Festejos Farroupilhas de 2024, com o lema “Pampa, uma Pátria sem Fronteiras”.

Pedro Marques Ortaça, de São Luiz Gonzaga, cantor, compositor e violonista de música nativista, foi escolhido pela Comissão Estadual para ser o patrono deste memorável momento de celebração e fortalecimento dos ideais farroupilhas.

Os festejos deste ano também têm como tema o “Centenário de Jaime Caetano Braun”, em reconhecimento à relevância cultural e intelectual do artista, conhecido por suas payadas, poemas e canções. Braun sempre destacou, em sua carreira musical, a pujança das tradições gaúchas missioneiras.

A música “O Pajador (A História do Rio Grande)”, dos autores Fernando Espíndola (letra) e Thomas Facco (música), foi a canção escolhida para embalar prendas e peões em todos os rincões do nosso grande território.

Durante estes dias, celebramos intensamente nosso chão amado, que hoje enfrenta sérios desafios, como secas, enchentes expressivas e um cenário enfumaçado e poluído por queimadas inexplicáveis.

A tradição da Chama Crioula começou em 1947, quando Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira, estudantes do Departamento de Tradição Gaúcha do Colégio Júlio de Castilhos, retiraram uma centelha do fogo simbólico da pátria e acenderam o primeiro candeeiro crioulo em Porto Alegre. Este ato representou a coragem, a união do povo e o amor gaúcho por esta terra. Foi também no Colégio Júlio de Castilhos que surgiu a “Ronda Crioula”, precursora da Semana Farroupilha, oficializada pela Lei Estadual 4.850, de 11 de dezembro de 1964.

De 13 a 20 de setembro, homenageamos aqueles que lutaram na Revolução Farroupilha, um dos maiores confrontos armados do Brasil há 200 anos. Essas lembranças revitalizam as querências e a alma deste povo histórico e lutador, conhecido como gaúcho.

Este período é muito especial para o povo gaúcho, sendo um marco importante na história do Brasil, representando nossa cultura e costumes. Tupanciretã também se preparou para essas comemorações, com 27 lindas participações no desfile do dia 20, envolvendo nossos piquetes, CTGs e diversas instituições.

A Ronda à Chama será realizada de 13 a 20 de setembro por 21 representações tradicionalistas, durante a noite, das 18 horas às 6 da manhã. Durante o dia, 15 educandários municipais, incluindo as EMEIs, EMEFs, as creches particulares Mundo da Criança e Vira Combota, além da APAE e do Projeto Pescar, também participarão das atividades.

Um movimento dessa grandeza e importância exige o esforço de muitas pessoas dedicadas e engajadas, que trabalham intensamente antes do evento. Muitas vezes, esses esforços passam despercebidos pela comunidade. É imprescindível a atuação de um profissional na área veterinária, responsabilidade deste ano de Míege Fortes, em colaboração com o órgão da Inspetoria Veterinária local, representado por Fabiano Ferreira. Também é fundamental o trabalho das secretarias municipais, especialmente a SMECTEL, bem como das representações tradicionalistas, da Brigada Militar, dos Bombeiros e da imprensa falada e escrita.

Gostaria de destacar e aplaudir os cavaleiros condutores da chama crioula, que a geraram e conduziram até Panambi-RS antes de retornarem a Tupanciretã, somando 365 quilômetros de cavalgada em trinta dias. Agradecemos e respeitamos esses gaúchos valorosos, cuja dedicação e simbolismo retratam a força do gaúcho, sem medo e sem fronteiras, mas sempre obstinado por sua terra. Eles carregam com orgulho o candeeiro da centelha farroupilha, iluminando nossos pagos.

Encerramos este relato convictos e felizes por ter participado das homenagens deste ano, com a patrona Hebe Lopes Simon, reconhecida por tudo que fez e representa para o nosso tradicionalismo local.

“Toda voz ainda ecoa por nossa querência, e o povo gaúcho exalta 100 anos de tua existência; tua poesia vive, nosso poeta imortal, a história do Rio Grande tem Jaime Caetano Braun”.

E a nossa terra da Mãe de Deus, com suas prendas e seus gaúchos, é um pago especial.

João Cesar Flores
Tupanciretã-RS

 

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