Em 2015, recebi uma das missões mais difíceis da minha vida profissional, depois de muitos altos e mais baixos, tinha a missão de explorar algo novo, uma função que não estava preparado, assumir o trabalho à frente de um meio de comunicação consolidado, mas em declínio.
Percebia no olhar de cada um, o desprezo e a desconfiança, conseguia escutar vozes que criticavam, e não conseguia acreditar naqueles poucos que apoiavam. O Jornal Manchete, ainda impresso, estava com os dias contados, para muitos, com prazo de validade, para outros, fazendo hora extra na mídia tupanciretanense.
Das muitas madrugadas acordado, com horas de estudos, buscando melhorar a cada edição semanal e ainda tentando levar adiante a profissão de corretor de imóveis. A cada publicação, uma sequência de erros, muitas vezes grotescos, outros que nem percebia.
Com o passar do tempo e os negócios fracassando, entendi que o meu lugar era na internet, e no ano seguinte, idealizei o Jornal Manchete Digital, e passei de 90 assinaturas, para mais de 6 300 seguidores e milhões de acessos.
Para aqueles que julgam o Manchete um jornaleco, ou um meio de comunicação parcial, fica a minha vontade de seguir em frente para combater discursos destorcidos e fundamentados em ideologias criminosas, é para estas pessoas que muitas vezes não sabem escrever o mínimo, ou falar o básico que direciono a minha missão, em colaborar para fundamentar e levar a informação, por mais desgastante que pareça.
Com o passar dos anos, pensei muitas vezes em desistir, mas contar uma história, revelar uma impunidade, trazer a público uma arbitrariedade e principalmente desafiar os desaforados, me motiva a seguir em frente.
Neste mês de julho, o Manchete Digital, completa dois anos, distribuindo bondade para quem merece, sem precisar permutar afeto em troca de poder, fazendo bem sem autos salários, sem mudar o estilo, pois por mais gananciosos que sejamos, não podemos mudar nossa essência por causa do preço das roupas ou das botas que passamos a comprar. Todos temos um antes e depois.
Aqui, nunca precisei instigar a violência, defender criminosos, ou fazer apologia ao caos. Aqui, não uso pessoas, são elas que me utilizam e se abastecem de informações, de certezas e se encorajam para seguir em frente, sabendo que estaremos atentos a cada fato novo, levando a nossa Terra da Mãe de Deus, para todos os cantos do mundo.
O jornaleco mequetrefe segue, sem precisar se valer dos poderes constituídos, sem explorar dinheiro público como fonte de riqueza e de poder, contando com cada um de vocês, que em um novo clique, fazem este trabalho se consolidar, crescer e permanecer vivo em direção ao futuro.