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LAÇOS E ENLACES DOS PAIS DE SAIAS

Todos tem um pai, que anda por aí, ou andou, por mais inusitada, pequena e mal explicada que seja, existe uma história.

Publicada em 17/08/18 às 11:02h | João Flores - Jogo Aberto 

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LAÇOS E ENLACES DOS PAIS DE SAIAS
 (Foto: |Jornal Manchete Tupanciretã Digital)



À tarde ia se esvaindo no horizonte, dando vez a mais uma noite, que incluiria um banho quente, uma janta nem sempre farta, porém, bem vinda, além de uma cama aconchegante depois das duras falas e conselhos, tudo como antes.



"Dia após dia a cena se repetia, o menino ansioso, curioso e meio solto, esperava na dobra da esquina o retorno da mãe..."



Dia após dia a cena se repetia, o menino ansioso, curioso e meio solto, esperava na dobra da esquina o retorno da mãe, seu porto seguro, exemplo de trabalho, dedicação e honestidade.

Na verdade também seu maior e grande herói, visto que, aprendera a “viver” com ela e mais suas irmãs, desta maneira, sem querer compreender, fingia que a figura paterna faltante, era talvez, somente um detalhe do destino.

Os anos passavam, as idas e vindas das dúvidas e falta de algumas respostas, acumulavam na alma e disfarçadamente iam deixando dores e cicatrizes, desarmonizando alguns sonhos. Nem tudo era de todo perdido pela proteção e carinho que o clã de mulheres a sua volta lhe dispensava.

Havia cumplicidade muito grande de sobrevivência e autoajuda entre elas, era um pacto rompendo barreiras e dificuldades, desafiando as curvas da vida, e assim o menino foi crescendo, na corda bamba, pela falta da figura masculina ao mesmo tempo feliz e seguro, pelas referências e cuidados das mulheres que amava.

Um dos encantos da juventude é a curiosidade, também o conhecimento a si próprio e isso inclui ascendentes. Todos tem um pai, que anda por aí, ou andou, por mais inusitada, pequena e mal explicada que seja, existe uma história.

Quase sempre o pai maior, dá um jeito de aproximar, mesmo que por linhas tortas, como dizem, chega um momento que barreiras se rompem, pela alegria ou pela dor, todos de alguma maneira encontram seu progenitor.

Alguns com tempo de dividirem seus sentimentos, segredos, confissões e perdões. Onde geralmente as saudades, faltas e senões, são supridos com poucas palavras, cobranças, sempre dentro de um abraço, na singeleza de um olhar, num afago, num sorriso de felicidade ao acaso ou fatalidade do encontro, eternamente sonhado, esperado e por Deus marcado.

História que escrevo acima, poderia ser minha, sua ou de outros tantos filhos mundo afora que cresceram a sombra dos pais de saias, mães solteiras e sozinhas que substituem os pais, desgarrados, impedidos ou perdidos por aí.

No domingo que passou, Dias dos Pais, estavam ao meu lado, na minha casa para o almoço meus dois filhos, contentes, atenciosos, carinhosos e me pareceu ambos de bom grado. Mesmo que nossas caminhadas não foram fáceis por alguns embates complicados, passou-me um filme na cabeça onde restitui detalhes dos dois desde bebês.

Aos poucos dimensionei o quanto por eles, adorei, sofri, torci, rezei e chorei. Lindo e compensador foi à certeza neste encontro do quanto valeu apena ser pai deles.

Não sei quanto tempo me resta, o amanhã é uma incógnita, mas estou com a sensação de missão cumprida, enquanto eu esteja vivo, que este laço de pai e filhos, seja balsamo de amor arrebatador dando sentido à vida.

Não percas um minuto sequer meu amigo leitor que és PAI, na busca e união dos que são teus, a vida é um sopro, então ata bem seus nós de família, laços e enlaces, que são muito de seus passos, filhos pedaços de vidas e amores que verdadeiramente amarrastes. Abraços.



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