Admito que me inclua entre os desconfiados ao muito diferente, moderno e futurista. Não que seja retrógrado inveterado, mas sempre preferi, tudo aquilo que transforma, modifica e melhora, dentro das linhas da normalidade, viés convencionais, com naturalidade.
O contexto geral sobre “Educação” no Brasil é complexo, surpreendeu-me as últimas notícias que li. Primeiramente, relativo a bolsas estudos aos “Pós Graduandos” de várias áreas e lugares, responsáveis por importantes projetos de pesquisas entre elas: Sobre depressões, etanol, vinho, ansiedade, catadores, tráfico de gente, prematuros e obesidade infantil, ilustradas no ZH Dominical.
Ainda bem que o atual governo manteve na LDO de 2019 valores do repasse em torno de quase quatro milhões, isso, depois de amplos debates e discussões, assim, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que é ligada ao Ministério da Educação, dará segmento a esta missão aqui e fora do Brasil. Pesquisas que propõem vidas com mais qualidades, longevidades, saúde e mais possibilidades.
Salve o bom senso com auxílio de bolsas aos estudantes que fazem a diferença, comprometidos a novas descobertas, conhecimentos e avanços naturais para a jornada da vida. Bolsistas! Uma ação governamental na educação que tarda, porém, infinitamente melhor, do que “tarde demais”.
Não posso dizer e pensar igual, quanto ao assunto “Homeschooling” que traduzido, é o estudo domiciliar, ensinamento dado em casa pelos pais, auxiliados por professores, na verdade, a dispensa da escola formal, que no dia 30 de agosto foi julgada no STF, visto que, ainda não temos uma regulamentação favorável ou contraria a este modo de ensino.
Vejamos, todo o esforço dos governos em levarem educação a população em geral, com imposição que crianças de quatros anos de idade tenham obrigatoriamente que estar na escola, já que não matricular se estará ferindo leis que as protegem, depois de vários estudos e implantação do Plano Nacional de Educação, busca da valorização dos professores, tanto em salário como na preparação, sem falar nos investimentos financeiros nas escolas, faculdades, transportes, mobiliários e tecnologia.
Condições comprometidas por pais abastados, ditos avançados, empenhados a promoverem e buscarem via política e jurídica à concretização desta forma de ensino, tirando seus filhos da inclusão social e porque não, da mais conhecida e normal forma de socialização das pessoas, o segundo lar, os bancos escolares.
Apesar da estrutura, índices nos apontam como nação de iletrados e semianalfabetos, esta liberdade de estudar em casa, currículos de disciplinas incertas, o que bem entenderem ou quiserem. Para mim desestimula, desmerece denigre, descompensa e desmoraliza as instituições de ensinos formais.
" Que são nossas pilastras de desenvolvimento em massa, fonte de disciplinas e crescimentos éticos, morais, cívicos e inclusivos."
Que são nossas pilastras de desenvolvimento em massa, fonte de disciplinas e crescimentos éticos, morais, cívicos e inclusivos. Correm risco pela simplicidade do estudo domiciliar, ou seja, eu tenho posses, faço do meu jeito, não ir a escola nos dias atuais é modernidade que desagrega e cega.
Homeschooling, que é bem diferente de estudar a distância, está muito à frente do meu tempo, muito top, surreal. Ao contrário das bolsas que tardaram a chegar, esta nova moda, vem cedo demais.
Continuo acreditando na constante moralização do ensino com regras, diretrizes, certificação, graduações, principalmente, com valorização e condecoração aos que sobem degrau por degrau e enfrentam a escada do saber na forma convencional, já reconhecida como adequada na formação intelectual de homens e mulheres ilustres mundo afora, sem "frescurite". Abraços