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Ser feliz até que chegue nossa hora

Publicada em 15/02/19 às 23:13h

João Flores - Jogo Aberto


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Ser feliz até que chegue nossa hora


O Brasil tem vivido dias tristes e comoventes pelo passamento de tantas pessoas para outro plano.  A nação está condoída pelas mortes trágicas. O noticiário dimensiona e expõe fragilidades, condições e porquês das ocorrências fatais que poderiam ter sido evitadas por isso ou aquilo.

Há uma imensidão de explicações e teses pós-caos. Sempre foi assim. Depois dos fatos, existe uma  necessidade de criminalizar e culpar alguém em intermináveis e dolorosos processos judiciais, que via de regra não penaliza os verdadeiros culpados, quando o faz.

Enquanto a vida segue seu curso normal, com tempo e hora marcada para cada um de nós, apesar de acharmos que somos intermináveis,  a verdade incontestável para humanidade é “nascer, viver e morrer.”

Acredito que ninguém tenha seu destino abreviado. Deus sabe bem o nosso momento de passamento. Independente da idade, situação econômica e importância que se adquiriu. Embora morramos de formas diferentes, penso que não há morte pior ou melhor. Deus, na sua magnitude, deve ter reservado muito da sua mansidão divina para nossa hora derradeira.

Não pense que estou a minimizar ou banalizar a morte. Sei o dilúvio sentimental interno do coração, fato consumado devido às separações definitivas entre as pessoas. Também derrubei sentidas lágrimas pelas tragédias da Boate Kiss, Mariana, Brumadinho, Alojamento do Flamengo e por Ricardo Boêchat, jornalista precursor da notícia com opinião, da comunicação simples e verdadeira.

Para desespero e dor de muitas famílias, ocorrem ainda as muitas perdas de vidas pela guerra do tráfico de drogas,  imprudências no trânsito, falta de atendimento médico-hospitalar, pela fome, frio, falta de trabalho e de família, afeto, abandono e desamor.

São justificáveis e estimadas as manifestações de carinho e de amor pelos entes queridos. Há que se lamentar pelo fim do convívio, dos sonhos conjuntos, da falta física do outro. Nada mais é tão dolorido na gente que a presença da morte na família, entre amigos e no círculo de convivência.

 

A cada funeral que participamos morremos um pouco e fazemos também nossas, independente de quem esteja sendo velado, as dores, choros e  saudades. É neste momento que nos tornamos insignificantes, impotentes e submissos a uma força maior. Do inventário da vida, levamos, apenas, o que conseguimos guardar nas gavetas da alma.

Numa recente pesquisa da médica geriatra, Ana Claudia Quintana, ela descreve o que colheu de pacientes em estágio terminal que antes de partirem relataram arrependimentos como, por exemplo, não terem demonstrado afeto, pois, passaram a vida inteira construindo muros ao redor do coração, impedindo que percebessem o que estavam realmente sentindo.

Segundo Quintana, alguns pacientes sentiam-se ressentimentos por terem trabalho tanto, por não terem vivido a vida que queriam e, sim, a vida que os outros lhes impuseram. Queriam ter tido a coragem de expressar mais seus sentimentos em vez de preferirem a paz.

Conforme a médica, todos os seus pacientes em estágio terminal, sentiam a falta dos seus amigos, gostariam de ter ficado mais com eles e, por fim, relataram que deveriam ter sido mais felizes.

É fato que passamos muito tempo complicando a vida por coisas banais. Discutindo, brigando, cortando relações e exigindo muito dos outros e de nós mesmo. Muitos têm a facilidade de intoxicar as coisas belas e boas da vida. Vida esta que não tem bilhete de volta, só anda para frente e, quem sabe, siga adiante noutras  dimensões, assim acredito.

Diante disso, penso que devemos demonstrar nossa solidariedade e o quanto nos afeta a morte trágica de tantos irmãos, já que evitá-las acho que não nos compete. “Deus sabe o que faz”. O que temos que saber e jamais esquecer é que estamos na fila e sem senha para a hora da partida deste plano. Onde, quando e de que jeito ninguém sabe.                    

O melhor é seguir os conselhos dos pacientes da doutora Ana. Trabalhar menos, abrir o coração, cultivar os amigos e coragem pelas nossas crenças e desejos e em tempo ser FELIZ.

Abraços











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