Conheço o rengo sentado e o cego dormindo, a frase está marcada em minha vida, surgiu do meu saudoso avô, porém nunca foi tão proveniente para um episódio triste que a função de diretor do JM Digital me impôs.
Muitas vezes ficamos expostos, tanto quanto às vítimas que mostramos, tão vulnerável à vingança quanto um policial no momento de uma prisão, ou ativos diante de uma causa social entre tantas ações pertinentes.
A profissão coloca a imagem diante da fragilidade de opiniões distintas que surgem e a escolha de uma foto, vídeo ou qualquer outro elemento que sirva de conteúdo para compor a pauta será base para uma interpretação de ódio, é difícil contentar a todos, óbvio, porém no mundo virtual, ou do entretenimento como na televisão, os fatos são narrados tentando revelar a realidade, mas isso não significa que devemos seguir essas condutas.
Já fui abordado de várias maneiras conforme os conteúdos que publiquei, chingado, ameaçado, coagido, mas nunca a audácia de um contrário foi tão longe, " você é aquele que coloca foto das pessoas mortas, que filma a bunda de mulher (live), jornalzinho de quinta categoria..."
Diante das ofensas, presenciada por dezenas de pessoas e por minha esposa e filha (7 anos), seguiu seu repertório, "...meu marido é sargento da brigada, aposentado ele tá te caçando."
Na última quinta ela acompanhava o esposo em uma pedalada matinal, trafegando na contramão da Avenida Bortolo Fogliatto, quando em sinal de negação de dentro do carro protestei com a atitude, lembrando que no próximo dia 1° o fato estará sujeito à multa para o ciclista, além de favorecer acidentes.
O ofício de comunicar para receptores que não distinguem a vida real da virtual traz um prejuízo incalculável, além de gerar conflito.
O trabalho do JM Digital vai além das questões emocionais de cada um dos 8500 seguidores, a vida privada precisa ser respeitada, a notícia quando vem quer aparecer é o público que determina o que vai ler, os veículos de comunicação traduzem os fatos que interessam aos seus consumidores, caso você não seja um deles pode criticar, mas abordar na rua de forma temerária já é falta bom senso e fere a liberdade de expressão, ato criminoso.
Sou pioneiro em transmissões ao vivo com milhares de visualizações em diversos acontecimentos, contando parte da história e dos feitos tupanciretanenses.