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Noticiários não podem explorar fraquezas humanas

A Organização Mundial de Saúde recomenda o profissional sobre a maneira adequada de publicar notícias de suicídio

Publicada em 02/04/19 às 22:56h

Jefferson Silveira Silva


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Noticiários não podem explorar fraquezas humanas
 (Foto: JM Digital )

     O editorial web jornalístico do Manchete Digital segue algumas regras importantes no momento da elaboração da notícia sempre que uma pauta ganha destaque, é preciso checar às fontes e evitar sensacionalismo.

     Nos últimos meses tivemos duas notícias tristes, onde mulheres foram vítimas da pior fraqueza que pode abater o ser humano, atentar contra a própria vida. A notícia pode ter uma manchete interessante, atrair o público, mas também motiva pessoas a fazerem o mesmo.

    A informação é da OMS ( Organização Mundial de Saúde), que baseada em estudos com profissionais da área médica e psiquiátrica afirma que as notícias influenciam futuras decisões.

    Em 1774, a novela de Goethe Die Leiden des Jungen Werther ( O Sofrimento do Jovem Werther) virou uma das referências. Logo após a publicação começaram a surgir relatos por toda a Europa, casos semelhantes ao publicado, jovens utilizavam o mesmo método da personagem principal para tirar a própria vida. O livro foi proibido. “Este fenômeno originou o termo “Efeito Werther”, usado na literatura técnica, para designar a imitação de suicídios.”   

   Tantos outros exemplos na história originaram uma série de manuais, livros e documentos que servem de base para as boas práticas jornalísticas.

    No jornal Manchete Digital, não publicarei notícias desta natureza. Claro, que o assunto pode ganhar repercussão principalmente se estivermos falando sobre uma pessoa pública, no entanto, é preciso alguns cuidados, sendo em minha opinião, o principal deles, não informar o modo que a pessoa utilizou para lograr êxito nesta tarefa tão penosa e difícil para os familiares e amigos que tanto buscaram apoiar a vítima, muitas depressivas.

    A imprensa deve auxiliar de maneira positiva, sabendo que a “imitação” ou a motivação podem surgir dos veículos de massa. Ainda, a noticiar fatos como este tem a obrigação de orientar familiares e até as pessoas pré-dispostas, que é possível encontrar apoio especializado e virar a chave.

   “O aperto manda lembrança,” frase de um amigo, que sempre lembro nos momentos de dificuldade, claro sabemos que nesses casos o vazio não se resolve com uma frase, mas mesmo assim, devemos ter cuidado e seguir a orientação adequada do modo como exploramos este tipo de conteúdo. 


#ImóvelSóComCorretor 











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