Sou um sentimentalista, quando perco pessoas sofro na mesma dimensão que me realizo quando as ganho, sou grato a todas que minha alma olhou pela janela e escolheu meu coração.
Perdi alguns pelo caminho, outros permanecem na linha de frente dos meus apreços. É nestes que chegam e por detalhes ficam, que vou renovando e reativando sentimentos, amores, lembranças e saudades.
Nesses dias troquei mensagens com a médica Joana Robesquini Teixeira, que iniciou uma nova etapa na carreira profissional, hoje atuando na área de geriatria na capital.
Considero Drª Joana um anjo, quem a bem conhece, poderá achar que seja pelos seus encantos, que não são poucos.
Ela é mesmo uma pessoa bela e admirável, não tenho duvidas que seus novos pacientes façam dela um amuleto da sorte nas suas vidas.
Afirmo isso com muita convicção, fumei dia após dia 40 anos, era um escravo do vício. Aquele programa e grupo da Drª Joana e as Agentes de Saúde, me salvaram.
Às vezes nem acredito, já são três anos sem cigarros, curado do tormento do tabagismo, sou disseminador da ideia que é possível parar e o quanto é importante o auxílio das pessoas.
A cada boa respiração, caminhada feita, roupa cheirosa e nova disposição, o vício aparece e que traz junto Drª Joana, uma luz na minha estrada.
Participei nesta semana do fórum sobre Saúde Mental coordenado pelos CAPS e Ala Psiquiatria do nosso HSBT, os profissionais depoentes deram uma aula das frivolidades que cercam nossas vidas regradas, serviçais e por vezes solitárias.
Geralmente seus usuários, entre eles, meu parceiro João Miguel, precisam muito pouco, quase nada, para se sentirem gente, basta afeto, carinho e o usual acolhimento sem distinção, com amor.
"Amor que é tão bem ilustrado nas poesias" da poetiza mineira, Lin Quintino que prazerosamente divide comigo e outros tantos a delícia da escrita e a cada verso nos tomado pelo leitor, perfumamos pessoas.
Nenhum tempo valerá apena em lugar nenhum se estivermos ocupado demais, sem tempo para apreciar coisas banais, simples, preservar amigos, viver em família e em sociedade.
Amor, fé, trabalho é o tripé da felicidade, com estes parâmetros bem equilibrados é possível ativar em nós, a autoestima, realização pessoal, amores, relacionamentos.
E como estou falando de vida, feliz reencontrei o antigo amigo Julio, carinhosamente Patudo, com uma história de valores derrocados mas vencidos.
Hoje se reinventa e através do viés da educação, vai palestrar nas escolas sobre a conscientização dos malefícios da droga, porém, não só cumpri determinações judiciais, a neste ato atitude e vontade.
Senti isso no brilho do seu olhar, na satisfação de ser um exemplo e agente de mudanças, importantes aos seres humanos.
Senti verdades na simplicidade de enfrentar e humildade em recompor-se perante a comunidade, a vida, ao mundo.
Ouvi e reouvi a música de Wilson Paim “Compondo Caminhos” a qual me sugeriu, é linda e pode alertar muita gente a cheirar apenas flores, usar as pedras para os caminhos e as ervas para curar as feridas.
De tudo que escrevi aqui sobre estas pessoas tem na essência “Afeto” laço açucarado com poder de enredar pessoas e eternizá-las próximas e torná-las inesquecíveis.
Não deve haver um só cristão, absolutamente sozinho e sem ninguém, nós precisaremos uns dos outros sempre.
Existe sim gente com vergonha de aceitar esta cumplicidade humana, Eu não, adoro falar nas pessoas que gosto, que admiro, que amo.
E assim procuro agir como pregou Madre Tereza de Calcutá, “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”.
Abraços