“Era mulherengo e namorador; alguém mandou matar, andava com a mulher dos outros...” e assim seguia a resenha... Rodrigo Venâncio, assassinado, aos 22 anos, foi descartado numa vala, distante de sua casa. Um dos amigos encontrou o corpo do rapaz, entre galhos e arbustos, descartado.
Nesta semana, apareceu à moto, sim, o veículo que foi o pivô desta tragédia foi localizado no interior de Tupanciretã, pela Brigada Militar, depois de ter rodado por Júlio de Castilhos, reapareceu em Tupanciretã, no corredor dos Callegari. Conforme amigos, era o sonho realizado, fazia pouco que o jovem havia comprado sua moto ‘nova’. Durante o dia, realizava suas entregas com uma bicicleta na farmácia onde trabalhou após concluir o curso de Jovem Aprendiz, nos horários de folga, era mototaxista.
Acompanhei a retirada do corpo, um tiro na nuca, e a moto que Venâncio usava, tinha desaparecido.
Um dos amigos dizia: “- Aqui estão as marcas, esse é o pneu da moto dele, o mesmo amigo que teve coragem de resgatá-lo, não citarei o nome, em virtude da lei, mas esse amigo, não pode passar despercebido, primeiro suspeito, mas mesmo assim, conseguiu desvendar o paradeiro do corpo do camarada.
Quatro dias depois, a Justiça expedia a prisão preventiva do principal suspeito, conforme informações, morador do bairro Moraes, se dizia ‘amigo da vítima’ foi localizado em um ônibus, com destino a Porto Alegre, com saída de Santa Maria, foi preso com pouco mais de cem reais no bolso, uma ninharia perto de uma vida.
Em seu depoimento, o principal suspeito não respondeu as indagações da investigação, responsabilidade da Polícia Civil de Tupanciretã.
Nesta semana, foi à vez de localizar a moto, fruto de latrocínio – roubo seguido de morte. Uma moto por um tiro na nuca, uma moto usada por uma vida, uma vida que ‘sonhava em ter uma moto’, relatavam os amigos mais próximos. Um cara de bom coração, que servia os amigos no assentamento onde morava, perdeu a mãe ainda cedo, mas mesmo assim, nunca desistiu de prosperar.
Rodrigo Venâncio tinha apenas 22 anos, jovem trabalhador, que realizava entregas de bicicleta para uma farmácia local, e nas horas vagas, usava sua moto para ganhar um dinheiro extra.
Após sua morte foi taxado como mulherengo, ou que teria envolvimento com tráfico de drogas, mentiras, todas desmanteladas pela investigação minuciosa da Polícia Civil de Tupanciretã, baseadas no relato dos peritos, e fundamentada no parecer do delegado, Adriano de Rossi. Sem dúvida, latrocínio.
O ‘amigo’ endividado teria matado para roubar, inveja, e desequilíbrio, tirar uma vida por nada, é coisa de psicopata, ou de quem não é amado o suficiente, por mais que seu inimigo ou contra seja odiado, ninguém pode tirar a vida de outrem, ou simplesmente deixá-lo em situação periclitante.
Com a motocicleta recuperada, chegamos ao ponto final, ou quem sabe...Descanse em paz jovem, sua vida não será em vão.
