Há uma indefinição na política brasileira, um debate
ideológico frente à pandemia coronavírus que ocasionou uma crise institucional,
uma falácia demagógica que aprofunda um atrito ainda inconsistente na nossa jovem
democracia.
''O fato em questão não agrega em nada as discussões voltadas ao combate do novo coronavírus, traz desequilíbrio aos debates, perturba a opinião pública, que está saturada diante do impasse que beira a intolerância''.
Em nível federal, o centro está cada vez mais aproximado da política direitista que comanda o país, pois, a Câmara Federal, com 211 parlamentares deste bloco que influenciam diretamente as decisões é fatia fundamental para as ambições do governo Bolsonaro. Sim, sem esses, as demandas não andam, isso é inquestionável.
Por aqui, vereadores inflamam o debate, fazendo de suas posições caseiras uma distorção declarada diante do cenário local, pois à esquerda da gestão, unem-se centro e esquerda, assim, a crise de identidade pode afetar decisões e discursos.
Na sessão desta segunda-feira 11, a emedebista Carina Valau cravou a opinião mais polida nessa questão: “as pessoas que estão assistindo estão se saco cheio desse debate”.
O vereador Benezer Cancian - Progressistas, direita no governo municipal, mas centro no governo federal também elucidou a celeuma de maneira taxativa: ”temos que nos voltarmos às questões locais.”
A crise, sem dúvida, já fabrica inimizades e falta de
diálogo, efeito cascata que sucumbe os debates e confunde eleitores, pois diante de questões que não nos
cabem, as que realmente interessam ficam estagnadas, ocultas em discursos
revanchistas que nada contribuem para o crescimento da comunidade e o
amadurecimento da democracia brasileira.