Decisão do governo Leite, que mais uma vez desafia à opinião pública é facultativa aos responsáveis pelas crianças e prefeitos. Alunos das séries iniciais seriam os primeiros a retornar as atividades escolares em um modelo escalonado, porém, apenas em cidades sob bandeira amarela e laranja no modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado do RS.
Pandemia Covid-19, tudo ficou incomum, não há opinião que perdure, procedimento eficaz nem vacina confiável, ou diria, testada com êxito. Enquanto o caos se espalha pelo país, que ainda não aprendeu a lidar com o novo coronavírus, o governo Leite estimula à retomada gradual das aulas nos ensinos público e privado a partir de 31 de agosto.
O objetivo inicial, pelo menos me parece, busca garantir principalmente a sobrevivência de escolas privadas, que enfrentam uma crise sem precedentes. Outra categoria tão castigada pela epidemia é das empresas transportadoras, que além de se adaptarem, voltariam a atuar.
O Sindicato das Escolas Privadas (Sinep) e o Ministério Público (Centro de Apoio, da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões) são favoráveis à decisão, por outro lado, os sindicatos de professores da rede pública (Cpers) e da rede privada (Sinpro), contra.
Outra importante organização, a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) já se manifestou contrária, o órgão que representa prefeitos dos 497 municípios gaúchos deve ouvir os representantes municipais e anunciar decisão até o dia 18 de agosto.
Em enquete realizada na Fanpage do JM Digital, nesta quarta-feira (12), mais de 400 pessoas responderam a seguinte pergunta: O Governo do Estado do Rio Grande do Sul propõe o retorno às aulas a partir do fim de agosto iniciando com a educação infantil. Você concorda?
Poucos responderam que sim, pois a maioria, 97% das manifestações foi que não levariam os filhos às escolas.
Em matéria divulgada no site Gaúcha/ZH, dessa quarta-feira (12) traz uma síntese de como seria o processo gradual: “A ideia é que seja um sistema “híbrido”, com um rodízio no qual uma turma seria dividida pela metade: um grupo teria aula presencial por, digamos, sete dias, enquanto o outro seguiria nas aulas remotas; na semana seguinte, inverteria-se, e quem teve aula pelo computador iria para a escola. A duração do rodízio (se dois, três, cinco dias…) ficaria a critério das escolas. Seria preciso respeitar o limite de capacidade de 50% da sala de aula ou da escola”.
Calendário proposto pelo Governo do Estado.
· 31/8 – Educação Infantil
· 14/9 – Ensino Superior
· 21/9 – Ensinos Médio e Técnico
· 28/9 – Ensino Fundamental – anos finais
· 8/10 – Ensino Fundamental – anos iniciais
Ainda, pela proposta, seria ampliado o alcance de internet para 97% do Estado e professores receberiam 25 mil tablets para seguir o estudo remoto que deve continuar até o fim do ano. Mas a decisão ficará sim a critério dos pais ou responsáveis que terão opinião crucial, salientando ainda, que não é obrigatório e sim facultativo levar o filho aos educandários e creches.
Salientando ainda, que não é obrigatório e sim facultativo, pois o governo cita que está autorizando a retomada, e não obrigando pais de enviar os filhos para a escola.