A semana mal começou e já temos assuntos de sobra, antes, os
temas pareciam fazer parte de outra categoria e acabavam não
ganhando o devido destaque, ou atrasados como sempre, enfim, dessa vez foi rápido
e desleixado: “O letreiro está quebrado, você não viu”? Questionava um seguidor
da página no Facebook, @manchetetupan, via aplicativo de mensagens instantâneas
whats App.
A matéria que citava a instalação do letreiro na Praça Coronel
Lima não traz apenas o que descreve, mas uma reflexão de carinho,
principalmente, àqueles que partem da Terra da Mãe de Deus em busca de oportunidade.
Era evidente a paixão exposta na matéria publicada em JM Digital no dia 11
deste mês, centenas de manifestações, mais de 800 engajamentos, milhares de
pessoas alcançadas e a grande maioria, orgulhosa daquele simples letreiro, mas
que por algum momento colocava Tupanciretã, pelo menos por um instante, no que
há de mais moderno e atual nas cidades mundo a fora.
Mas, não bastassem às falhas estruturais, chega à vez do vândalo novamente. Não quero acreditar que tudo isso foi proposital, porém, simplesmente pelo fato de não avisar, acusar-se e assumir o compromisso de arrumar, já está compactuando com sua falta de comprometimento coletivo. Mas se a pessoa não tiver condições financeiras para pagar? A resposta é: - basta ser honesto (a).
Também, não é difícil pesquisar nas redes sociais quem
tirou fotos ‘empoleirados’ sobre o letreiro. Mas o mais complicado é tentar
entender como as câmeras caríssimas não flagraram a ação no mínimo inconsequente.
Entre os comentários pós matéria que denuncia o dano – outras pessoas da comunidade já haviam colocado algumas informações sobre o assunto nas suas redes sociais -, novamente, centenas de comentários foram surgindo na time line do Manchete Digital, todos em tom de critica, sem delongas, devidamente repressivos.
Mas um deles me chamou atenção, pois foi na origem de nosso
povo, foi no coração da nossa gente que construiu essa terra, com cultura
e trabalho, abrindo caminho para os que aqui, atualmente produzem riqueza.
Quantos saíram da pobreza comprando suas terras a preço de “banana”?
Cita o texto: “Que tristeza... fomos tirar uma foto e vimos que estava estragado... é Tupã mostrando suas raízes e cultura.”
A manifestação é forte e direta, triste e sensata, mas a
história de um povo não se mede pelas atitudes isoladas, não temos como balizar
nossa cultura e raízes em pessoas que não zelam pelo bem público.
Tupanciretã é vítima de pessoas sem caráter que há anos vêm sugando nossa vitalidade, afastando nossos conterrâneos, enriquecendo miseráveis, dando aconchego a espertalhões e principalmente, deixando nossa verdadeira essência de lado, pois nos tornamos uma cidade de bajuladores irresponsáveis.
A nossa cultura e raiz estão gravadas na memória do tempo, nos versos
de Raul Boop, na luta contra a Coluna Prestes, na criação de uma das mais antigas feiras agropecuárias
do Estado. Em tempos hostis, nas Reduções Jesuíticas. Na Guerra do Paraguai, na
2° Guerra Mundial, Revolução Federalista. Entre tantos homens trabalhadores e estudiosos, e fatos
históricos que ajudaram a construir nossa sociedade.
Têm-se essa manifestação social desagregadora, pode ter certeza, é herança do tempo atual, pois na formação da nossa gente, tínhamos pessoas trabalhadoras, honradas, honestas e zelosas. Basta olhar para o passado, ruas limpas, exemplo de cuidado e amor e foco no progresso.