Segundo levantamento feito Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, as margens de lucro históricas alcançadas pelos produtores agrícolas na safra 2020/2021 não devem se repetir na safra 2021/2022.
O estudo é feito através de painéis de levantamento, desenvolvidos a partir de informações da realidade produtiva obtidas junto aos próprios produtores. Para esse estudo, foram analisados dados de produtores de Tupanciretã, Bagé, Camaquã, Carazinho, Cruz Alta e Uruguaiana, referentes à produção de soja, milho, trigo e arroz.
O motivo para a diminuição do lucro seria a relação entre o aumento do custo de produção, que já vinha apresentando aumento desde a safra passada, e a tendência de estabilidade dos preços de venda, que estavam em movimento crescente durante a safra 2020/2021.
Calculando custos de operação mecânica, capital de giro, custo operacional total e custo geral, a lavoura de soja ficou 13% mais cara em comparação com as últimas duas safras. Movimento semelhante aconteceu com as outras culturas analisadas: o trigo teve aumento de 49% no custo geral, enquanto os valores de irrigação do plantio de arroz subiram 32%.