Ainda que a chuva tenha retornado ao RS nos últimos dias, o saldo de novembro é de estiagem, especialmente para as lavouras de milho gaúchas. Dados da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) mostram que 86% da área de cultivo desse cereal já foi semeada, sendo que 42% se encontram ou na fase de floração, ou na de enchimento de grãos, etapas mais sensíveis à escassez hídrica.
As lavouras das regiões norte e noroeste (regiões próximas a Tupanciretã) estão entre as que demandam mais água. Em Cruz Alta, a estiagem de 34 dias fez com que produtor da região estime suas perdas em até 80% das áreas de milho precoce. Mesmo as áreas irrigadas indicam perda, de 40%.
Ainda assim, a EMATER afirma que as consequências da estiagem variam de município para município, e ainda não é possível avaliar o efeito da falta de chuvas no RS. Para a safra 2021/2022 a projeção da associação era aumento de 6% na área plantada e de 39% no milho colhido.