A colheita do trigo está tecnicamente encerrada no Rio Grande do Sul. O balanço da safra é positivo no Estado, diante da boa produtividade, da qualidade do produto e da boa remuneração. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (09/12) pela Gerência de Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), nas regiões de Santa Maria, Soledade, Pelotas, Bagé e Caxias do Sul, a colheita está tecnicamente encerrada.
Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar
Na região de Santa Maria, o rendimento médio chegou a três mil quilos por hectare. O padrão de qualidade dos grãos é muito bom, favorecido pela diminuição da umidade. Nas regionais de Soledade e Pelotas, a produtividade média alcançou 3,2 mil quilos por hectare na primeira e variou entre 2,4 mil e 3 mil quilos por hectare na segunda. Em algumas localidades o rendimento chegou até a 4,3 mil quilos por hectare. Na região de Bagé, ainda há atividade de colheita na Campanha. A produtividade oscila entre 1,8 mil quilos e mais de 3,6 mil quilos por hectare. A qualidade dos grãos corresponde a patamares desejados pela indústria. Na região de Caxias do Sul, é boa a qualidade de grãos e o rendimento médio chega a 3,6 mil quilos por hectare.
Na região de Bagé, a colheita da aveia branca na Campanha encaminha-se para a finalização. Os rendimentos têm variado entre 1,5 mil e 2,1 mil quilos por hectare, em decorrência da sensibilidade às doenças – principalmente a ferrugem – das cultivares utilizadas.
CULTURAS DE VERÃO
As condições meteorológicas da primeira semana de dezembro – tempo seco, temperaturas em elevação e associadas a ventos – têm diminuído a umidade dos solos, impossibilitando a continuidade do plantio da soja, que está em 85% da área total estimada no Estado. Da área plantada, 99% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, enquanto 1% está em fase de floração.
O cenário climático desse início de dezembro, caracterizado por temperaturas elevadas, forte radiação solar, baixa umidade relativa do ar e escassez de chuva, também traz limitações à cultura do milho no RS. As plantas têm se ressentido, apresentando enrolamento das folhas e paralisação do crescimento e desenvolvimento vegetativo. O plantio chega a 90% da área total estimada no Estado. Destes, 36% está em germinação ou desenvolvimento vegetativo, 23% em floração, 35% em enchimento de grãos e 6% em maturação.
O plantio do arroz segue sendo favorecido pelas condições adequadas do tempo e já alcança 97% no Estado, estando 99% da área cultivada em germinação e desenvolvimento vegetativo e 1% já em floração.
OLERÍCOLAS
As condições climáticas ocorridas na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé exigiram maior fornecimento de água em sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão, especialmente na Fronteira Oeste, onde não ocorreram precipitações no período. Em São Borja e arredores, diminuiu a oferta nas folhosas. Já em Itacurubi, olerícolas apresentam razoável desenvolvimento, tanto as folhosas como os tubérculos. A maior parte da produção do município é para consumo das famílias. Mesmo com o fim das restrições da pandemia, a principal forma de comercialização permanece sendo a entrega direta em domicílio, visto que a grande parcela dos consumidores é de idosos.
FRUTÍCOLAS
O clima seco na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa favorece a sanidade das frutíferas, mas as altas temperaturas e a baixa umidade do ar têm provocado a perda de umidade no solo que começa a prejudicar frutíferas – como os citros – que entram no estágio de floração e formação inicial dos frutos. Entretanto, videiras, macieiras e pessegueiros com frutos formados não sentem prejuízos com a restrita umidade no solo. Com a finalização da safra da laranja Valência, citros têm colheita encerrada. A cultura sem tratos culturais enfrenta ataque de pulgões e outras pragas, típicas do momento. Segue a colheita de pêssego e ameixa; frutos de boa qualidade.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
Jornalista Taline Schneider