Aprosoja RS prevê máximo de 5 milhões de toneladas de soja colhida na safra 2021/2022
Consultor da associação e engenheiro agrônomo José Domingos apresentou prognóstico relativo à produção da oleaginosa no RS em entrevista para o portal Notícias Agrícolas
Publicada em 11/02/2022 às 17:47h | Leonardo Pinto dos Reis
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(Foto: Arquivo Emater)
A estiagem que castiga as lavouras gaúchas é a pior dos últimos 100 anos. A afirmação é do engenheiro agrônomo e consultor da Aprosoja RS, José Domingos, durante entrevista para o portal Notícias Agrícolas. O também apresentador do programa Campo Web detalhou as consequências da falta de chuva na cultura da soja, e o impacto que isso acarretará na situação da agricultura e da economia do Rio Grande do Sul:
"Em comparação ao ano passado, teremos uma quebra de produção entre 76% e 82%. O estado colherá, na média, entre 720 e 840 kgs de soja por hectare. Então, não deveremos chegar aos 5 milhões de toneladas colhidas. Os impactos financeiros podem ser mensurados na casa dos R$ 60 bilhões de prejuízo. O agricultor deixa de colher cerca de R$ 11 mil por hectare. E também não há sequer expectativas de termos sementes suficientes para semear 6 milhões e 200 mil hectares de soja. É uma nota de pesar muito grande dentro do agronegócio do RS”, disse José Domingos.
A difícil situação dos agricultores foi ressaltada pelo consultor da Aprosoja RS. Além disso, junto da diminuição do volume da colheita, há também a diminuição da qualidade do grão colhido:
"O grão que estamos colhendo não é de qualidade, pois é de uma desuniformidade muito grande. No final de janeiro, dois agricultores de Tupanciretã colheram suas primeiras glebas e conseguiram volumes de seis e sete sacas por hectare. Quantitativo muito abaixo. Em todo o RS, teremos 1 milhão de hectares que não serão colhidos, porque não há grão”.