Campo Web do último sábado (5) conversou com Marcelo Rossato sobre a Tecnologia IOP
O profissional descreveu os diferenciais do produto desenvolvido pela Inpasa Brasil, que é destaque na capacidade de mistura de caldas de defensivos agrícolas
Publicada em 11/03/2022 às 18:10h
Leonardo Pinto dos Reis
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(Foto: JM Digital)
No Programa Campo Web do último sábado (5), o engenheiro agrônomo José Domingos entrevistou o profissional Marcelo Rossato, da Inpasa Brasil. Direto da cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, Marcelo apresentou a tecnologia IOP, que busca melhorar o desempenho das aplicações de caldas de defensivos agrícolas.
Tendo no óleo de milho seu principal composto, o IOP é um diferencial no mercado agrícola do Brasil:
“O IOP é o único óleo de milho com adjuvante do mercado brasileiro, e praticamente da América Latina. Essa tecnologia vem sendo produzida pela Inpasa. Somos cinco usinas entre o Brasil e o Paraguai, e produzimos etanol de milho, DDGES e o óleo. E é desse óleo que, junto com o adjuvante, desenvolvemos o IOP. Praticamente 90% da sua composição é óleo de milho purificado, mais um blend de adjuvantes e tensoativos, que proporcionam essa mistura única”.
Além disso, Marcelo revelou que o uso de produtos com base em óleo já é tendência no mercado atual:
“Hoje, trabalhamos com a tecnologia IOP em praticamente todo o Brasil, e temos conseguido nos adaptar a todas as realidades. Temos uma preocupação muito grande com a efetividade dos produtos que são aplicadas pelos produtores. Vemos muitas empresas criando indústrias para que os produtos venham já em base oleosa. Isso mostra a tendência do mercado para essa direção, pois essas tecnologias precisam de um óleo para o melhor funcionamento”.
Sendo também adotado em lavouras gaúchas, o IOP se destaca pelo nível de capacidade de integração às caldas e pelo controle da evaporação:
“O IOP já vem sendo utilizado em áreas do RS. Ele pode ser utilizado em todas as culturas, e produz ampla taxa de compatibilidade com as caldas. Existem pesquisas nesse aspecto. Com o uso do IOP você vai ter segurança na compatibilidade de misturas de calda, pois ele alta capacidade de mistura em água. Os bons óleos não separam fase, desde a gota até uma quantidade de milhares de litros. Então, o IOP oferece uma mistura muito mais homogênea. Ele também é bom no controle de molhamento e umectação da gota pulverizada. Além do controle de evaporação, que é maior daquele dos produtos que estão no mercado”.
Gráfico mostra a tecnologia IOP com maior capacidade de controle da evaporação (FONTE: INPASA/Divulgação)
Perguntado sobre como o IOP se comporta na aplicação aérea e naquele via pulverizador, Marcelo Rossato apresentou uma explicação detalhada:
“Tanto o uso terrestre como o uso agrícola seguem a mesma linha de raciocínio. Entendemos que a água é um veículo para levar o produto à planta. Se temos, na pulverização aérea, aplicações com até 20 litros de calda, há necessidade de emulsionamento e proteção da gota, pois é uma vazão relativamente baixa. Aqui na Bahia, temos aplicações de 1 ou 2 litros de calda por hectare, que se mostra muito efetivo. E quando reduzimos a calda, temos a preocupação com o controle de evaporação, pois a gota é fina. Nesse contexto, o IOP entra como proteção da gota contra a evaporação. Na pulverização terrestre, temos taxas de aplicação bastante variadas, chegando até 120 litros por hectare. Como temos mais água, temos que proteger mais a nossa gota. Pois quanto mais água eu tenho na mistura, mais IOP é necessário para proporcionar proteção de gota”.
O profissional também comentou sobre problemas que acabam acontecendo no uso de outros produtos que possuem o óleo como base:
"Alguns óleos não são miscíveis em água, e isso é um problema sério. Isso acontece com óleos de baixa qualidade ou sem tensoativos. No caso do IOP, temos um blend de tensoativos que trabalha com a dispersão dos produtos dentro da calda, para que não ocorra os chamados efeito ‘ovo frito’ e efeito ‘lupa’. Nós conseguimos mostrar essa diferença para o produtor”.
Marcelo também comentou sobre como está sendo a safra na região nordeste:
“Estou há praticamente dez anos em Luís Eduardo Magalhães, mas viemos para cá desde o início dos anos 2000. Nesta última safra, de modo geral, Bahia, Tocantins, Maranhão e Piauí tiveram chuvas acima da média, e as precipitações atrapalharam por excesso. Agora, estamos iniciando as colheitas, e cerca de 25% a 30% da soja já foi colhida”.