Valor de mercado e novas tecnologias impulsionam crescimento da área de soja em Manoel Viana
Presidente do Sindicato Rural do município, Sirineu Albanio, também vê aumento na disponibilidade de maquinário e insumos agrícolas na região
Publicada em 14/06/2022 às 16:22h
Da Redação
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(Foto: JM Digital)
O Programa Campo Web, bate-papo inteligente sobre o mundo agro, conversou no último sábado (11), com o presidente do Sindicato Rural de Manoel Viana, SirineuAlbanio. O produtor rural comentou sobre o cenário do agro na região, que vem recebendo maior atenção dos produtores de soja nos últimos anos.
“Quando cheguei na região, era preciso ir até Ijuí ou Santa Maria comprar máquinas adaptadas ao trabalho em coxilhas. Hoje, temos variadas concessionárias, empresas de insumos e unidades para recebimento de grãos em nossa região”, disse, destacando como o crescimento da cultura da oleaginosa ampliou o número de empresas voltadas para o agronegócio.
Sirineu destacou que a maioria dos produtores da região cultiva variadas espécies, como trigo, milho, canola, girassol, aveia e a soja. O aumento das inserções da oleaginosa em solo vianense foi motivado por fatores como tecnologia de cultivo:
“Nossa região possui altitude baixa, cerca de 100 metros, e terras muito mescladas. Então, com o desenvolvimento de variedades de soja, e o domínio de técnicas como plantio direto, cobertura de inverno, adubação de perfil e correção de solo, hoje estamos produzindo em terras onde antigamente nem se plantava”, disse o produtor de Manoel Viana.
“O alto preço do mercado internacional atraiu os produtores para essa região, também porque havia solos e arrendamentos baratos, em relação com a serra. Mas hoje já não há tanta oferta como há dez anos, ainda que áreas grandes sigam sendo arrendadas”, disse Sirineu, destacando que a região de Manoel Viana recebe menos chuvas em comparação com a região de Tupanciretã.
Sirineu ainda descreveu como se dá os modelos de arrendamentos em Manoel Viana:
“Quem paga mais, arrenda. O dono do campo está confortável. Há produtores que não enxergam esse jogo, querendo plantar grande áreas nem que sobrem dois sacos por hectare. Eu já penso diferente: temos de cuidar da terra, com equipamento, semente, funcionários e assistência técnica boas para conseguir grandes produtividades”.