O agrônomo José Domingos, presença constante na grade do JM Digital como apresentador do Programa Campo Web, comenta as últimas manifestações da China junto à Organização Mundial do Comércio. Nos últimos dias, o país asiático protocolou pedido visando uma maior qualidade do grão a ser importado:
- “A proposta é que a soja seja entregue em portos chineses com 13% de umidade, ao contrário dos 14% de vigoram atualmente. Também sugere maiores concentrações de proteína e óleo na soja. A China propôs que tenhamos cinco classificações quanto ao percentual de grãos inteiros de soja: 95% (de grãos inteiros), 90%, 85%, 80% e 75%. Abaixo de 75%, seria produto fora de padrão, que não seria recebido. Em relação ao óleo, as classificações seriam de 22% (de óleo), 21% e 20%”, explicou.
Também destacando as implicações que tais mudanças acarretarão nos produtores:
- “Alguém no mundo tem esses novos padrões para entregar? Não. É uma mudança complexa. O produtor será recompensado? Ganhará mais preço na soja? O mercado agrícola mundial está se preparando para novos desafios. Veja bem, produtor rural. Você tem todos os 52 fatores de produção, mais a questão dos royalties quando a produção chega na cerealista ou cooperativa, e, ainda, uma segregação do seu produto”.
José Domingos também ressaltou a importância da opinião do cliente (a China é a principal parceira do agro do Brasil, importando 72% da soja produzida em solo brasileiro):
- “A soja está pedindo respeito. Se o cliente sempre tem razão, está aí mais uma oportunidade para evoluirmos. Você concorda com os pedidos da China? Os pedidos serão aprovados?”, indaga o engenheiro agrônomo, prevendo um novo momento para o agronegócio caso as propostas chinesas sejam acatadas.
José Domingos comenta as novas manifestações chinesas em relação à padronização da qualidade da soja (Foto: JM Digital)
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