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Espaço Agrícola

China apresenta à Organização Mundial do Comércio novas propostas de classificação da qualidade da soja

Necessidade de menor umidade no grão está entre os parâmetros sugeridos pelo país asiático. Agrônomo José Domingos comenta como isso impacta o agro brasileiro

Publicada em 13/07/2022 às 15:09h

Da Redação


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China apresenta à Organização Mundial do Comércio novas propostas de classificação da qualidade da soja
 (Foto: Banco de Imagens)

O agrônomo José Domingos, presença constante na grade do JM Digital como apresentador do Programa Campo Web, comenta as últimas manifestações da China junto à Organização Mundial do Comércio. Nos últimos dias, o país asiático protocolou pedido visando uma maior qualidade do grão a ser importado: 

  • “A proposta é que a soja seja entregue em portos chineses com 13% de umidade, ao contrário dos 14% de vigoram atualmente. Também sugere maiores concentrações de proteína e óleo na soja. A China propôs que tenhamos cinco classificações quanto ao percentual de grãos inteiros de soja: 95% (de grãos inteiros), 90%, 85%, 80% e 75%. Abaixo de 75%, seria produto fora de padrão, que não seria recebido. Em relação ao óleo, as classificações seriam de 22% (de óleo), 21% e 20%”, explicou. 

Também destacando as implicações que tais mudanças acarretarão nos produtores: 

  • “Alguém no mundo tem esses novos padrões para entregar? Não. É uma mudança complexa. O produtor será recompensado? Ganhará mais preço na soja? O mercado agrícola mundial está se preparando para novos desafios. Veja bem, produtor rural. Você tem todos os 52 fatores de produção, mais a questão dos royalties quando a produção chega na cerealista ou cooperativa, e, ainda, uma segregação do seu produto”. 

José Domingos também ressaltou a importância da opinião do cliente (a China é a principal parceira do agro do Brasil, importando 72% da soja produzida em solo brasileiro): 

  • “A soja está pedindo respeito. Se o cliente sempre tem razão, está aí mais uma oportunidade para evoluirmos. Você concorda com os pedidos da China? Os pedidos serão aprovados?”, indaga o engenheiro agrônomo, prevendo um novo momento para o agronegócio caso as propostas chinesas sejam acatadas.


José Domingos comenta as novas manifestações chinesas em relação à padronização da qualidade da soja (Foto: JM Digital)

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