Gaúcho e formado na Unicruz, tendo inclusive sido colega de José Domingos na faculdade, Lucas explicou o que o motivou a migrar para o centro-oeste brasileiro:
- “Tive uma trajetória muito boa, desde os tempos de faculdade. Quando me formei, tive um pouco de dificuldade de conseguir mercado de trabalho no Rio Grande do Sul e, como tenho conhecidos na região do Mato Grosso do Sul, fui convidado a ir para a região. Aqui, entrei em uma empresa de consultoria agronômica, trabalhando na patrulha do percevejo. Fiquei responsável por monitorar cerca de 6000 hectares dentro de todo o estado. E isso foi uma excelente oportunidade de conhecer as principais regiões agrícolas do estado, e todas as particularidades de toda a região”.
O profissional também detalhou a situação do percevejo, principal praga agrícola da região:
- “Nas épocas quando intercalaram chuvas e temperaturas mais altas, o percevejo tem uma reprodução bem grande, sendo um dos principais agentes causadores de dano na agricultura. Há um programa de manejo específico para essa praga, e o produtor sabe que, antes mesmo de começar a planejar sua safra, precisa entrar com três a quatro aplicações específicas para o percevejo”.
Em seguida, comentou sobre as culturas trabalhadas na região de Maracaju.
- “Maracaju é uma região muito boa e tem duas principais culturais: a soja e o milho safrinha. A cidade é um dos principais pontos produtores do estado, com cerca de 400 mil hectares de soja plantada. 90% dessa área é depois destinada ao milho safrinha”, disse, destacando a presença de produtores gaúchos e paranaenses no município, e também de agricultores vindos do Paraguai.
Fazendo um prognóstico para a próxima safra, Lucas Domingos destacou o planejamento para controlar gastos como um diferencial
- “Essa próxima safra necessitará que o produtor coloque tudo na ponta do lápis, tentando economizar o máximo possível para ter a maior lucratividade. Os preços dos adubos quase dobraram, e o produtor vem fazendo malabarismos para ser auto sustentável. Aqui na região, há produtores bem consolidados, que possuem profissionais específicos para fazer essa parte do controle de custos. É preciso saber o momento certo de comprar e o momento certo de vender”.
TODOS CONTRA A DENGUE