No último domingo (20), o Programa Campo Web, bate-papo inteligente sobre o mundo agro, conversou com o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Faleiros sobre agricultura regenerativa.
De início, o profissional contou sobre sua vida e sua introdução na área agrícola:
- “Tenho 34 anos e sou de São Paulo Capital. Mas, desde pequeno, fui criado em Minas Gerais, próximo a fazendas de café, e resolvi fazer Engenharia Agronômica na USP, em Piracicaba. Na universidade, fiz estágio na área agrícola”.
Em seguida, deu uma definição do seu foco de trabalho: a Agricultura Regenerativa:
- “Termo recente, que significa uma agricultura onde se utiliza tecnologia para a melhoria do manejo correto dos solos, dentro do tripé físico, biológico e nutricional”.
Luiz Fernando também comentou sobre especialização nessa área, realizada no exterior:
- “Em curso nos Estados Unidos, foi destacada a importância de manter a biodiversidade vegetativa. Ou seja, com baixa biodiversidade, propagam-se biológicos que são maléficos aos sistemas. Por outro lado, se aumentarmos a biodiversidade, teremos meios benéficos”.
E relatou trabalho realizado em país vizinho:
- “Em 2020, fui convidado a desenvolver área de Agricultura Regenerativa na Colômbia. Era uma região de savana, com muita chuva. Trabalhamos na questão da utilização de biológicos para aumentar a eficiência dos fertilizantes aplicados. E houve crescimento”.
O engenheiro agrônomo falou ainda sobre o impacto ambiental dessa agricultura:
- “Essa questão é importante no sucesso produtivo. Quando observamos relações com bactérias que aumentam a eficiência nutricional e causam menos perda no sistema, conseguimos aumentar o meio produtivo com menos custo financeiro, visando a produtividade e a biodiversidade do solo”.
E comentou sobre nomes expressivos do mundo agro, incluindo Ana Primavesi:
- “É um ícone da agroecologia em sistemas tropicais. Foi uma das pioneiras a perceber a importância do manejo biológico para evitar a perda nutricional e o equilíbrio do sistema de cultivo. Antigamente, plantávamos uma área aberta e, após uma década, tínhamos que abrir outra área para termos os mesmos índices produtivos”.
TODOS CONTRA A DENGUE