A conversa teve como foco principal os fertilizantes orgânicos e organomineirais disponibilizados pela Ferticel, empresa em que Anderson trabalha:
- “Sou um agrônomo paulista no RG, mas um gaúcho de coração. Sou gestor técnico da Ferticel, uma empresa de fertilizantes orgânicos e organomineral. Hoje, atendemos cerca de 70% do Rio Grande do Sul”.
Em seguida, contou como se deu o início de sua história na empresa:
- “Comecei na Ferticel em 2015. Já na graduação, sempre gostei de solo, fertilidade e matéria orgânica. Quando conheci a empresa, minha teoria se casou com a prática. A Ferticel tem 35 anos, e é uma empresa familiar fundada por gaúchos que foram para Santa Catarina”.
E revelou como a Ferticel é uma das pioneiras na fertilização que une componentes orgânicos e minerais:
- “A Ferticel foi também uma das primeiras empresas a conter o fertilizante organomineral. Estudando e desenvolvendo pesquisa sobre esse produto, a empresa apresentou esse estudo para o Ministério da Agricultura e o produto foi aceito. Para se ter uma ideia, entre 2022 e 2023, o organomineral cresceu cerca de 50% no mercado brasileiro. Hoje, o Brasil importa 85% dos seus fertilizantes. Se pegássemos todo o resíduo de aves e suínos, supriria 20% do N e 20% do P. Assim, podemos ver a importância do mercado orgânico. Nosso propósito é nutrir a planta de modo economicamente viável. Mas a nossa diferença é que, além do produtor não gastar a mais com a fertilização, também melhora o solo. O nosso foco está em o produtor colher com produtividade enquanto melhora o solo”.
Falando sobre o ofício da agricultura, Anderson destacou a tradição do plantio no Oriente Médio:
- “No Oriente Médio, havia duas chuvas. Passava-se um grande período de estiagem, e aí vinha a primeira chuva. A principal cultura era o trigo. Então, na hora de plantar, os agricultores tinham de fazer uma escolha entre manter o trigo como grão e alimento, ou utilizar esse trigo como semente para uma próxima semeadura. Era preciso ter fé de que essa primeira chuva se manteria”.
E fez um paralelo com os produtores atuais:
- “Em outubro do ano passado, o agricultor jogou a soja na terra, com a fé de que choveria, mas infelizmente não choveu. Em áreas como Santa Rosa, já se fala em cinco, dez sacos. Em São Borja e São Luiz Gonzaga, a situação é ainda mais difícil . A costa doce está indo bem, e também a região de Bagé e Dom Pedrito está melhor do que a das Missões. Na região noroeste, vemos um nível de 20 a 100 milímetros, mas ainda é pouco”, disse, destacando a situação de estiagem no RS.
TODOS CONTRA A DENGUE