O primeiro Programa Campo Web do mês de junho conversou com o ex-vereador e presidente do clube Amigos da Terra, Almir Rebelo. O assunto em pauta foi o Sequestro de Carbono, que vem sendo pauta cada vez mais recorrente nas discussões do mundo agro.
Almir Rebelo explicou a relevância do assunto:
- “Falar sobre carbono é muito importante, ainda mais na Semana do Meio Ambiente. O Brasil levou 500 anos para produzir 100 milhões de toneladas de grãos. De 2000 a 2015, o país passou para 200 milhões de toneladas. De 2015 a 2022, passou para 300 milhões. Isso assustou o mundo, e então veio a COP21 e o Acordo de Paris”, disse, destacando a pauta das mudanças climáticas, bastante comentada a nível mundial.
Descreveu processos da fotossíntese:
- “Não há como falar de fotossíntese sem considerar que carbono, oxigênio e hidrogênio são gêmeos siameses. A segunda fase da fotossíntese é aquela em que a energia solar sequestra o CO2 da atmosfera para transformar em alimento. Precisamos urgentemente lembrar disso".
Comentou também sobre o balanço de carbono:
- "O carbono que vem do processo fotossintético é a fonte. E aquele que sai pela respiração das plantas e da erosão do solo são os drenos. O balanço de carbono acontece quando o sequestro de carbono corrige a deficiência de carbono que há no solo. Assim, chega um momento em que precisamos manter esse solo em equilíbrio, fazendo com que a fotossíntese sequestre mais carbono do que o dreno do carbono, para que o solo consiga esse equilíbrio de produtividade em um ponto neutro”.
E falou sobre como ser dá a avaliação do crédito de carbono para o produto agrícola:
- “Hoje, para quem colhe 60 sacas de soja por hectare, 1 crédito de carbono equivale: 11% é raiz, 50-60% biomassa, e o restante fica em grãos. Ou seja, o crédito precisa ser sobre todo o produto, e não apenas sobre os grãos”.
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