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Espaço Agrícola

Com plantio concluído, canola tem bom desenvolvimento no RS

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (06/07), a área de cultivo de canola estimada para o RS nesta safra é de 67.219 hectares, e a produtividade está estimada em 1.632 kg/ha

Publicada em 07/07/2023 às 09:35h

EMATER/RS - ASCAR


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Com plantio concluído, canola tem bom desenvolvimento no RS

 

 

 

A semeadura da canola foi concluída nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, com início de florescimento nas regiões de Santa Rosa e Ijuí. As condições climáticas têm beneficiado o bom desenvolvimento das lavouras, que apresentam uma população de plantas adequada, vigorosa e saudável. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (06/07), a área de cultivo de canola estimada para o RS nesta safra é de 67.219 hectares, e a produtividade está estimada em 1.632 kg/ha. 

 

 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura da canola apresenta rápido crescimento, com emissão de folhas basais bem desenvolvidas, grandes e de coloração verde intensa. Quanto às fases da cultura, 94% das plantas estão em estágio vegetativo e 6% encontram-se em floração. Já na região de Santa Rosa, 80% das lavouras de canola estão em desenvolvimento vegetativo, 17% estão em florescimento e 3% na fase de enchimento de grãos. A frequência de chuvas tem favorecido a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, contribuindo para a diluição e para a adsorção dos nutrientes. Os produtores realizaram o controle de lagartas e traças e, no momento, estão atentos à ocorrência de doenças, em função da maior umidade do ambiente, que pode favorecer a presença de fungos e bactérias nas plantas cultivadas. 

 

A aveia branca e a cevada estão em final de implantação no Estado. Com área de cultivo de 365.081 hectares, as lavouras de aveia branca na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí apresentam excelente desenvolvimento e progridem rapidamente para o estágio de elongação do colmo. Em decorrência das temperaturas mais elevadas para o período do ano, observa-se um número inferior de perfilhos por planta, porém isso não compromete o potencial produtivo da cultura. As primeiras plantas em floração exibem panículas com um elevado número de flores. Até o momento, foi registrada baixa incidência de pragas e doenças. 

 

A cevada na região administrativas da Emater/RS-Ascar de Soledade, tem bom estabelecimento. São iniciadas as práticas de controle de plantas invasoras e aplicações de adubos nitrogenados em cobertura. As condições climáticas, apesar do período chuvoso em junho, têm contribuido para o crescimento. Estão em fase de germinação e de emergência 10% das lavouras, e 90% em desenvolvimento vegetativo e perfilhamento. 

 

No trigo, a área semeada alcançou 82% da projetada para a safra 2023, de 1.505.704 hectares. Até o momento, as lavouras emergidas têm demonstrado estande de plantas excelente, crescimento uniforme e rápido, bem como plantas vigorosas e de coloração verde intensa, indicando estabelecimento inicial promissor da cultura. A regularidade das precipitações, aliada aos volumes adequados, está favorecendo a adoção do parcelamento da aplicação de fertilizantes nitrogenados em cobertura, de acordo com os estágios fenológicos recomendados. 

 

 

 

 

Tempo firme no domingo, mas instável nas próximas horas

 

 Tempo firme no domingo, mas instável nas próximas horas

 

 

 

 

 

 

CULTURAS DE VERÃO 

Soja - A cultura está em entressafra. Durante este período, os preços da oleaginosa podem ser acompanhados no documento Cotações Agropecuárias, elaborado pela Emater/RS-Ascar/ Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises, disponível em http://bit.do/eRWGv. 

 

 

 

Milho - A colheita foi concluída. É período de intensa atividade para determinar a área a ser cultivada na safra 2023/2024, após a divulgação do Plano Safra e a alocação de recursos para a cultura. O preço baixo ainda desestimula o cultivo do cereal. Em razão do maior risco climático associado à cultura, os produtores buscam obter maiores margens de lucro em comparação à soja, ao decidir sobre a área a ser cultivada. No momento, somente o aumento do preço pode ampliar essa margem, uma vez que os insumos já estão precificados no custo de produção, e a maioria deles já foi adquirida ou reservada. 

 

Feijão 2ª safra - A área de cultivo em 2ª safra é de 20.127 hectares. A produtividade estimada é de 1.376 kg/ha. A colheita encontra-se em estágio bastante avançado e está prestes a ser concluída. No entanto, o progresso foi impactado pelo período úmido, resultando em atrasos. Prevê-se que seja finalizada nos próximos dias, à medida que diminui a umidade. 

 

OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS 

 

Na região de Porto Alegre, os agricultores de hortaliças folhosas das áreas atingidas pelo ciclone extratropical, no Litoral e na encosta do Vale do Paranhana, ainda restabelecem as lavouras e glebas. As condições climáticas permitiram realizar atividades de preparo do solo. Entretanto, a falta de mudas limita o rápido estabelecimento das lavouras de olerícolas. O abastecimento ainda está sendo mantido. 

 

Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Bagé, os produtores de oliva da região da Campanha estão realizando podas de formação, nos pomares jovens, e de produção naqueles de idade superior a quatro anos. Os picos de elevação de temperaturas em junho, que se aproximaram de 30°C, promoveram o início da emissão de inflorescências na cultivar Koroneiki em algumas propriedades. Essa situação gera certa preocupação, pois ainda podem ocorrer eventos de frio intenso até meados de setembro e, consequentemente, comprometer o potencial dessa cultivar, que tem se destacado como uma das mais adaptadas e produtivas no Estado. 

 

PASTAGENS E CRIAÇÕES 

 

 

Embora as baixas temperaturas tenham ocasionado a redução da capacidade de rebrote das pastagens, os plantios de inverno (aveia e azevém) estão com bom desenvolvimento. A presença de umidade e luminosidade beneficiaram o crescimento das forrageiras. A chuva permitiu a realização de novas adubações. A queda significativa dos preços de fertilizantes tem levado os produtores a optarem por outros nutrientes, como fósforo, potássio e enxofre, além do nitrogênio. 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE - A maior disponibilidade de pastagens possibilitou a recuperação e a elevação da produtividade leiteira. O tempo frio e úmido proporcionou condições ideais para o aumento de consumo de alimentos pelos bovinos leiteiros, favorecendo o conforto e o bem-estar do rebanho. No geral, houve redução nas infestações por carrapato bovino. 

 

APICULTURA - A redução parcial das chuvas e de temperaturas amenas possibilitaram a movimentação externa das abelhas. Essas condições também facilitaram aos apicultores a revisão e a limpeza das colmeias e dos acessos. O período também está sendo propício para a confecção de novas caixas e para a preparação de caixas-iscas, que serão utilizadas na captura de novos enxames, no início da próxima primavera. No geral, os enxames ainda apresentam boa sanidade. 

 

PESCA ARTESANAL - Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a pesca na Lagoa dos Patos está em período de defeso até 30 de setembro. Em Pelotas, ocorre a comercialização somente de pescado em estoque. As colônias de pescadores seguem o encaminhamento de documentação para acessar o seguro defeso, mas os pagamentos dos beneficiários ainda não iniciaram. Na região de Santa Rosa, em Garruchos, com a melhora das condições da água no Rio Uruguai, os pescadores relatam bons resultados, principalmente em relação à pesca de piavas e de grumatãs.

 

 

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