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Espaço Agrícola

SOS Agro RS segue buscando apoio para recuperar o setor

O JMD conversou com quatro representações locais, que apresentaram dados que oferecem clareza ao problema

Publicada em 10/08/2024 às 16:05h

Jornalista Jefferson da Silveira.


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SOS Agro RS segue buscando apoio para recuperar o setor
Movimento instalado junto à empresa JC Máquinas, em Tupanciretã  (Foto: JMD)

 

A catástrofe climática, que atingiu o Rio Grande do Sul, segue causando grandes problemas. O efeito não está ligado apenas aos municípios mais afetados com as cheias. As perdas humanas e materiais unem-se aos prejuízos no campo; somadas às estiagens severas, mostram a fragilidade dos produtores rurais. As consequências atingem pequenas, médias e grandes propriedades. 

 

“Tupanciretã não foi tão atingido nesta enchente, mas foi muito atingido nas duas últimas estiagens. Então, o produtor sempre com seu trabalho dependendo do clima. Trabalho a céu aberto, fica à mercê de políticas que venham em seu auxílio. Ultimamente os seguros têm ficado difíceis, complicados e caros. Nesse propósito, a Farsul e a Fetag fizeram dois pleitos, onde elas pedem, nada mais justo, que um alongamento de dívidas. Ninguém está pedindo perdão; todos querem honrar seus compromissos. Mas, para honrar, precisaremos que alguns itens daqueles pleitos sejam atendidos. Até o momento, não temos nenhuma resposta”, cita Julieta Lopes, que é presidente do Sindicato Rural de Tupanciretã, Jari e Quevedos. 

 

O SOS Agro RS, movimento que reúne milhares de produtores, serve de alerta para o problema. A principal preocupação do setor está nos prazos para quitar dívidas e na falta de apoio para a recuperação do solo. Além das demandas e do posicionamento contrário ao MP 1247, há também a necessidade de sementes para recomeçar as atividades. De acordo com dados da Cooperativa Agropan, nos 20% finais da safra (soja), os produtores perderam mais de 1 milhão de sacas. 

 

“A consequência deste ano foi em relação ao excesso de chuva na colheita, que dificultou muito a qualidade dos grãos e até mesmo a produção. Em Tupã, o produtor tem a cultura de tirar sua própria semente e, este ano, infelizmente, o produtor rural não conseguiu tirar sua semente, ocasionando perdas no poder germinativo e na qualidade dos grãos. A cooperativa deixou de receber 600 mil sacas e, do que recebeu, a mesma quantidade foi de soja avariada”, disse o vice-presidente, Renato Almeida.

 

 

A dificuldade no campo também chega à cidade. O comércio de Tupanciretã já começa a sentir os efeitos negativos. A Associação Comercial e Industrial de Tupanciretã indica um aumento de consultas ao sistema de crédito e tem uma queda ainda maior no poder de compra. 

 

“Sabemos o quanto a crise no setor do agronegócio já vem impactando o nosso comércio em geral. Percebemos, nos últimos anos, uma grande perda no comércio, um grande déficit no impacto da arrecadação municipal, e isso também nos preocupa quanto à mão de obra. Porque são números que a gente ainda está trazendo, mas o impacto será grande no decorrer dos próximos anos. O comércio depende dessa cadeia produtiva”, cita a vice-presidente, Sabrina Batista. 

 

O movimento reúne toda a cadeia produtiva, e, principalmente, pequenos produtores. A falta de incentivo compromete, inclusive, a agricultura familiar. A falta de recursos preocupa, pois, a data de vencimento de muitos compromissos encerra no dia 15 de agosto.

 

“A gente, representando a agricultura familiar com mais de 3 mil agricultores, das pequenas e médias propriedades, tem agricultores do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e, também, do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), e vemos uma preocupação dos agricultores, ligando e buscando solução para como irão pagar as parcelas no banco, pois vencem nesta semana. E não temos uma solução. Tiveram muitas perdas, produtos nas lavouras, e na pecuária tiveram dificuldades com as pastagens e alimento para os animais, a erosão no solo. Os produtores de leite estão com um problema sério com alimentos para as vacas, além da ração muito cara, não estão conseguindo produzir na propriedade”, disse João Antônio Moreira Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tupanciretã e Jari. 

 

Maquinário em frente à Praça Cel. Lima, em Tupanciretã, antes de a manifestação chegar à Capital.

 

 

O SOS Agro segue instalado junto a uma empresa do segmento na Avenida Rio Branco, no Centro de Tupanciretã. No município e em Jari, um ato deverá ocorrer nesta semana. Ao todo, mais de 50 cidades gaúchas aderiram ao movimento. Na quinta-feira, dia 08, os produtores se reuniram em Porto Alegre. O ‘tratoraço’ percorreu as principais ruas da capital. Integrantes do movimento foram recebidos na Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária. Produtores de Tupanciretã participaram do ato em defesa do agronegócio.

 










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