A semeadura da soja no Rio Grande do Sul alcançou 50% da área projetada, estimada em 6,8 milhões de hectares. O ritmo do plantio tem sido diretamente influenciado pelas condições de umidade do solo, variáveis devido à distribuição irregular das chuvas em diferentes regiões do Estado.
Nas áreas com umidade adequada, o plantio avançou rapidamente e as lavouras já implantadas apresentam germinação uniforme e desenvolvimento inicial satisfatório. Contudo, em regiões mais secas, o plantio foi suspenso ou realizado em condições subótimas, resultando em emergência irregular das plantas. A reposição hídrica é essencial para garantir o estabelecimento uniforme das lavouras.
Destaques regionais:
Bagé e Fronteira Oeste: Avanço variado no plantio, com destaque para Manoel Viana (60%) e Rosário do Sul (42%). Em São Gabriel, 25% da área foi semeada, mas a disponibilidade de sementes é limitada.
Caxias do Sul: O plantio avançou bem, exceto em áreas com pouca chuva, como Guaporé e Serafina Corrêa, onde o acumulado em novembro foi de apenas 19 mm.
Erechim: Com 90% da área plantada, o estabelecimento inicial e o desenvolvimento vegetativo das lavouras são considerados excelentes.
Santa Rosa: Cerca de 42% da área foi semeada, mas a falta de chuvas superiores a 10 dias causa preocupação com a necessidade de replantio.
Pelotas: O plantio atingiu 40%, com avanço contínuo mesmo diante de atrasos na entrega de insumos.
Soledade: Cerca de 65% da área foi semeada, mas muitos produtores aguardam condições melhores para um plantio seguro.
Situação geral:
As condições climáticas adversas, como baixa umidade e ventos fortes, também dificultaram o uso de herbicidas pré-plantio. Apesar disso, os esforços para controle de plantas daninhas têm sido intensificados.
A produtividade média esperada é de 3.179 kg/ha, com os preços da soja apresentando uma leve queda, de R$ 129,41 para R$ 128,87 por saca de 60 kg.
Perspectivas:
A continuidade do plantio e o sucesso da safra dependerão do retorno das chuvas para regularizar a umidade do solo e permitir o pleno desenvolvimento das plantas nas áreas já semeadas.
TODOS CONTRA A DENGUE