Os problemas estruturais de logística para o escoamento da safra tiveram grande impacto no reajuste do preço do frete de grãos da região central do Estado. O levantamento realizado pela Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a pedido da Rádio Gaúcha Santa Maria, apontou que entre março de 2016 e março de 2017 os preços subiram, em média, quase 22%.
Para o estudo foram considerados os quatro municípios que mais produzem grãos na região central: Tupanciretã, Cachoeira do Sul, Júlio de Castilhos e São Sepé. De acordo com os sindicatos rurais desses municípios, o preço médio do frete por tonelada subiu de R$ 70,42 para R$ 85,42, uma diferença de R$ 15.
Segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, como o preço dos grãos caíram e o valor do frete aumentou, o valor que fica com o produtor rural foi reduzido.
O município que teve o maior reajuste real foi Tupanciretã, que é o maior produtor de soja do Rio Grande do Sul. Os sindicatos agrícolas da cidade apontam que o preço do frete por tonelada subiu R$ 20 no período, passando de R$ 70 para R$ 90.
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Já Cachoeira do Sul teve o menor reajuste dentre os municípios pesquisados. De R$ 65 para R$ 75 reais. Uma variação de 15%
Em São Sepé, o valor do frete subiu de R$ 58 para R$ 75, uma diferença de 29% e em Júlio de Castilhos o reajuste foi de 21%, passando de R$ 70 para R$ 85 no valor do frete por tonelada.
Para evitar o alto reajuste no preço do frete, uma das soluções apontadas pela Farsul é a diversificação na forma de transportar as mercadorias. Segundo o diretor da Federação, Fábio Avancini Rodrigues, no passado o estado já teve os sistemas hidroviário e ferroviário como grandes opções, mas hoje eles são coadjuvantes no transporte.
Gaúcha