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Espaço Agrícola

Colheita da soja atinge 20% das lavouras no RS

Em municípios onde as precipitações não comprometeram o desenvolvimento da cultura, os rendimentos têm ficado em torno de 60 sacas/ha

Publicada em 02/04/18 às 00:18h

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues


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A colheita da soja se processou de forma bastante intensa nesta última semana, tendo aumentado 11 pontos percentuais, chegando a 20% do total semeado. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (29/03), as primeiras áreas colhidas vêm apresentando rendimentos dentro das expectativas e variando a cada região analisada. Nas localidades afetadas por falta de chuvas mais abundantes neste final de ciclo, os rendimentos variam entre 35 e 40 sacas/ha (2,1 a 2,4 mil kg/ha). Entretanto, em municípios onde as precipitações não comprometeram o desenvolvimento da cultura, os rendimentos têm ficado em torno de 60 sacas/ha (3,6 mil kg/ha). A média geral para o Estado segue ao redor dos 3 mil kg/ha.


Neste final de ciclo, há lavouras que apresentam ataque de lagartas. Assim, alguns produtores são forçados a entrar mais uma vez na lavoura para controlar os focos. Naquelas em estádios mais avançados, as lagartas estão atacando as folhas que restam, não conseguindo danificar vagens, o que pelo menos estanca por ora maiores prejuízos. Outro distúrbio verificado nas áreas mais tardias é a presença da ferrugem asiática, o que força os produtores a realizarem mais aplicações de fungicidas do que o esperado.


No milho, a colheita prossegue e alcança 78% da área. Este aumento poderia ser maior não fosse o interesse dos produtores em retirar a soja com mais rapidez, em detrimento da colheita do milho. Mesmo assim o atual índice coloca esta safra bem à frente da média em termos de colheita. As produtividades obtidas até aqui têm surpreendido em alguns casos, pois não são raros os que conseguiram produtividades acima dos 10 mil kg/ha, fato que contrabalança com os eventuais casos de lavouras prejudicadas pelo clima, fazendo com que a média estadual se situe, até aqui, ao redor dos 6 mil kg/ha. 


O clima tem favorecido a colheita do arroz em todas as regiões produtoras do Estado, apesar da ocorrência de algumas chuvas durante parte da semana. Na média estadual, o percentual atinge 30% da área cultivada, tendo ainda cerca de 40% da área já pronta para ser colhida, uma vez que as lavouras já completaram sua maturação. As produtividades obtidas até aqui variam entre 7,2 mil kg/ha e 8 mil kg/ha, com alguns casos que ultrapassam o limite superior. A qualidade dos grãos também é considerada boa pelos produtores, que não encontram dificuldades ao comercializá-lo. 




FRUTíCOLAS


Açaí Juçara - A fruta Açaí Juçara, proveniente das palmeiras nativas conhecidas por Juçara ou Palmiteiro, tem se consolidado, apesar do recente comércio. A cadeia produtiva se direciona para duas linhas de consumo: agroindústrias despolpadoras ou a despolpa em locais de atendimento aos turistas. A região das Encostas Litorâneas, situadas no Litoral Norte, vem expandindo esta cadeia, ainda em pequenos volumes, mas indicando, a cada ano, potencialidade de venda. A comercialização da fruta na safra passada apresentou em geral valores na ordem de R$ 2,00/kg. A nova safra já deve começar em breve, pois parte das frutas já indica ponto de colheita. Uma das grandes vantagens desta cultura é a amplitude do período de colheita ou safra, o que permite o funcionamento das estruturas ao longo do ano.



Citros 

Na região do Vale do Caí, maior região produtora de citros do Rio Grande do Sul, predomina o cultivo de bergamoteiras, que estão em crescimento das frutas, fase em que a boa umidade do solo é crucial para o crescimento das bergamotas. Nesta época, a principal atividade dos citricultores é o raleio das frutas, que é a retirada de parte delas ainda pequenas, para que as que ficam nas plantas tenham um maior crescimento. O excesso de frutas, pela competição por nutrientes, reduz o calibre das mesmas, depreciando-as no comércio. Enquanto o raleio se aproxima do final, inicia a colheita da Satsuma, bergamota sem semente e com baixa acidez, o que permite que seja colhida com a casca ainda verde, e da lima ácida Tahiti, o conhecido limãozinho da caipirinha, para o qual o citricultor está recebendo em média R$ 22,00/cx.



CRIAÇÕES

Pastagens - O campo nativo diminuiu o desenvolvimento, devido à falta de umidade dos solos, principalmente na região da Campanha; mas com o retorno de chuvas deverá se recuperar. Áreas já pastejadas apresentam lenta taxa de rebrote, principalmente aquelas muito rebaixadas pelo corte. As últimas chuvas favoreceram, em muito, o desenvolvimento do campo nativo, propiciando rebrotes mais abrangentes e recuperação das aguadas, o que é importante antes que cheguem as geadas. As pastagens de verão (capim sudão, milheto e sorgo forrageiro), que estão com pouco desenvolvimento, já se aproximam do final de ciclo de produção. Alguns produtores realizaram diferimento de áreas para poderem utilizar sal proteinado no inverno.



Apicultura


Clima adequado para a produção de mel, com intenso trabalho dos enxames. Os apicultores devem estar atentos para o manejo das colmeias a fim de garantir o armazenamento de alimento para o período do inverno, evitando o enfraquecimento dos enxames para o próximo ciclo de produção. Enxames apresentam bom estado sanitário. Continua forte a mortandade de enxames neste período; suspeita-se que seja pelo uso elevado de agrotóxicos nas lavouras de soja.


Ocorre o manejo dos apiários para evitar enxameações, a captura de novos enxames e colocação de sobrecaixas. As revisões necessárias foram realizadas nos apiários para preparar os enxames para o inverno. As floradas predominantes são de espécies nativas (carqueja, mata nativa, eucaliptos e canafístula).









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