Na última semana de maio, a Emater/RS-Ascar finalizou o Primeiro Levantamento de Intenção de Plantio para a Safra do Trigo 2018. Os números indicam uma redução de 3,35% em relação à safra passada, quando, segundo o IBGE, foram cultivados 691.553 hectares, passando para 668.395 hectares este ano. Considerando uma produtividade média de 2.142 kg/ha, calculada a partir das produtividades médias das últimas dez safras, a produção total a ser alcançada seria de 1,431 milhão de toneladas. Isso significa um aumento de 16,71% em relação ao ano passado, quando o RS colheu apenas 1,226 milhão de toneladas, devido à baixa produtividade registrada (1.777 kg/ha). Esse primeiro levantamento foi realizado em 282 municípios gaúchos, abrangendo 97% da área de produção do Estado.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (07/06), o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras de trigo propiciou o avanço significativo na implantação da cultura no Estado. Na região de Ijuí, por exemplo, o plantio está muito avançado e o percentual alcança pouco mais de 50% do previsto para esta safra. Na região de Santa Rosa, também importante produtora, a evolução do plantio segue a contento e atinge metade da área prevista para 2018. Em termos estaduais, o percentual é estimado em 30% para esta semana, ficando dentro da média dos últimos anos, que é de 33% para o período. As lavouras semeadas apresentam excelente emergência, com uniformidade de stand e desenvolvimento inicial rápido.
Feijão 2ª safra - Após a falta momentânea de diesel em decorrência da greve nacional, os agricultores retomaram a colheita, mas com redução de trabalho no período. O produto que resta (9%) se encontra pronto para ser colhido. A produtividade ainda está dentro do parâmetro de aproximadas 27 sacas por hectare. A qualidade dos grãos é considerada muito boa, e a comercialização voltou à sua normalidade.
Morango - Em decorrência do clima favorável, inicia-se na região do Vale do Caí a retomada da produção daquelas áreas em ambiente protegido, em que as mudas foram mantidas para um segundo ciclo produtivo. Muitos agricultores finalizaram o plantio e outros ainda estão aguardando a chegada de lotes de mudas importadas da Argentina e do Chile. A produção atual é baixa, e os produtores estão satisfeitos com o preço do morango, em média entre R$ 3,00 e R$ 4,00/cumbuca. A greve dos caminhoneiros e a falta de combustível nas cidades não chegaram a prejudicar a colheita porque quem tinha produção realizou entregas nos mercados mais próximos, garantindo a venda, uma vez que a procura pelo morango já começa a ser mais intensa.
Piscicultura - Na região de Erechim, está encerrada a recuperação e o repovoamento dos tanques. Com o advento do frio, a atividade entra em período de latência; peixes comercializados entre R$ 8,00/kg (carpa inteira) e R$ 25,00/kg (filé de tilápia); preço estável na semana. Na região de Santa Rosa, continuam o manejo dos tanques com peixes e o preparo dos açudes que deverão receber alevinos. O preparo ocorre mediante a fertilização e desinfecção dos tanques e o manejo visando à qualidade da água para o repovoamento com o policultivo de carpas. Produtores estão encomendando alevinos para repovoar os açudes. Devido à greve dos caminhoneiros, a entrega de alevinos prevista para a semana passada foi suspensa, sendo reprogramada para esta semana.
Apicultura - Os apicultores estão preparando as colmeias para a chegada do inverno, fazendo a retirada das melgueiras e a inclusão dos redutores alveolados. Alimentação artificial das abelhas e roçadas são algumas práticas em andamento. O período é de pouca florada, baixa luminosidade e baixas temperaturas, reduzindo o trabalho das abelhas. Apicultores seguem em processo de manejo alimentar de inverno, fornecendo os "bifes", suplemento artificial proteico à base de farelo de soja, mel e açúcar. Fim do período de colheita.
Com relação à meliponicultura, inicia-se o período crítico para as abelhas sem ferrão, pois há necessidade de aporte de alimento e verificação dos enxames, principalmente de espécies como Mandaçaia e Jataí, para certificação do desenvolvimento do enxame e monitoramento com relação ao ataque de abelha limão, o que é mais frequente nesse período.