Estados Unidos e China estão perto de chegar a um acordo para acabar com a guerra comercial desde que, no ano passado, o presidente Donald Trump impôs tarifas suplementares às importações do país asiático. A análise é do Wall Street Journal, em artigo deste domingo. As negociações entre as duas partes claramente avançaram e um acordo aparece no horizonte, indicou o jornal americano, que cita fontes anônimas.
Pequim estaria disposto a reduzir suas tarifas e suspender outras restrições às importações de produtos agrícolas - este um mercado importante para o Brasil -, automóveis e produtos químicos provenientes dos Estados Unidos. O governo chinês poderia, por exemplo, suprimir o teto de participação máxima imposto a um grupo estrangeiro em uma empresa automobilística mista e abaixar tarifas no setor, que são agora de 15%.
Também poderia aumentar suas compras de produtos americanos, incluindo o gás natural vendido pelo grupo Cheniere Energy. Washington aceitaria, por sua vez, suprimir a maioria das sanções infligidas no ano passado aos produtos chineses, disse o jornal. O Wall Street Journal adverte, porém, que os obstáculos permanecem, mas não exclui que um acordo possa ser anunciado por volta de 27 de março entre os presidente Trump e Xi Jinping, no âmbito de uma viagem por França e Itália do chefe de Estado chinês.