Desde segunda (16), Alexandra Dougokenski enfrenta julgamento pelo assassinato de seu filho Rafael, de 11 anos, em 2020.
Conforme o Ministério Público do RS, a ré, que posteriormente confessou o homicídio, já contou cinco versões diferentes para o acontecido.
Primeiramente, em 15 de maio (data em que Alexandra matou Rafael), Alexandra informou em Boletim de Ocorrência que, ao acordar, encontrou a cama de Rafael desarrumada e que o garoto deveria ter fugido.
Dez dias depois, na segunda versão, a mãe confessou o crime e informou o local do corpo, mas alegou homicídio acidental.
Em 27 de junho, outra mudança: Alexandra contou que agiu por impulso e utilizou uma corda para puxar o filho do quarto até que ele acabou ficando inconsciente.
Cinco meses depois, Alexandra acusou o pai de Rafael e um comparsa de tentarem levar Rafael à força e, nessa tentativa, a criança acabou morrendo estrangulada.
A última versão veio em março de 2022, quando a defesa de Alexandra começou a afirmar que Rafael estaria vivo na data do crime.
O QUE DIZ A INVESTIGAÇÃO
Conforme o MP-RS, registros do celular do pai de Daniel comprovariam que o homem estava em outra cidade durante o dia do crime, desmentindo uma das versões apresentada por Alexandra.
Perícia no corpo da vítima também mostraria que a criança teria sido enforcada após ter sido dopada com diazepam. O que configura crime premeditado.
Alexandra está sendo julgada pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dificultação da defesa da vítima), falsidade ideológica (por ter mentido no Boletim de Ocorrência) e fraude processual.
Segundo a ré, o crime foi motivado pelo fato de Rafael não obedecer a suas ordens para diminuir o uso do celular e dos jogos online.
TODOS CONTRA A DENGUE