As cotações da oleaginosa Brasil esboçaram reação em relação as sucessivas quedas da semana anterior, na esteira da recuperação dos preços da soja nos EUA e da estabilidade do dólar ante ao real.
Junto da maior folga da paridade com o mercado norte-americano, o mercado se mostra mais ativo, diante da inevitabilidade de cotações abaixo dos patamares verificados no ano passado. Players relatam que muitos produtores acabam por aceitar as ofertas dos principais demandantes, desde que alguns centavos acima dos preços médios das praças pesquisadas.
Há que se mencionar que a elevação dos derivativos na CBOT teve como causa a própria lentidão da comercialização no Brasil. Os investidores acreditam que a dificuldade de originação das tradings transfira parte da demanda externa pelo oleaginosa brasileira aos EUA, dando sobrevida aos já minguantes volumes exportados no país.
Desse modo, os produtores podem vislumbrar um caminho para valorização da commodity na redução da oferta e nos estoques finais dos EUA, que são incapazes de suprir a demanda não atendida.
Dentre os fatores que podem afetar os preços domésticos são o progresso da semeadura nos EUA e o dólar, o qual não dá demonstrações de que pode se fortalecer nos próximos meses.