Com 84% das lavouras de soja colhidas no Rio Grande do Sul, a produtividade tem variado entre 45 a 75 sc/ha. Essa variação é decorrente do processo tecnológico adotado, como a rotação de culturas, práticas de conservação do solo e a adequação das variedades utilizadas em função dos diferentes tipos de solos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, os rendimentos foram maiores nas primeiras lavouras, chegando a variar entre 60 a 80 sc/ha; porém, as lavouras colhidas recentemente apresentam produtividades que variam de 45 a 55 sc/ha. Em parte, tais resultados podem ser atribuídos ao aparecimento de doenças de final de ciclo, como a podridão de raízes, entre outras.
As lavouras
de milho também se beneficiaram das condições climáticas dos
últimos dias e os produtores puderam colher 87% da área plantada.
As produtividades obtidas ainda seguem entusiasmando os produtores,
com lavouras rendendo em média geral entre 7,2 e 7,7 mil kg/ha,
acima dos 6,4 kg/ha obtidos ano passado.
A colheita do feijão
primeira safra nos Campos de Cima da Serra está praticamente
encerrada, com mais de 95% da área já colhida. O rendimento médio
das lavouras está se confirmando em 2,7 t/ha, bem acima da
expectativa inicial, que era de 2,4 t/ha. A qualidade dos grãos é
muito boa devido ao clima favorável durante todo o ciclo e inclusive
na colheita.
Feijão safrinha - Cultura avança
rapidamente nas fases reprodutiva e de maturação, mas com áreas já
em colheita. As lavouras vêm apresentando bom desenvolvimento e
potencial produtivo adequado. A condição fitossanitária é muito
boa, com baixa incidência de doenças e bom controle de percevejos
que migraram da cultura da soja. As chuvas do período foram boas
para a cultura, entretanto, em áreas do Norte do Estado e Fronteira,
as fortes chuvas dos últimos períodos prejudicaram as lavouras em
desenvolvimento e que ainda não tinham sido colhidas. A produção é
basicamente para consumo familiar.
Beneficiada pelo tempo pouco
chuvoso dos últimos dias, as lavouras de arroz amadurecem de forma
muito rápida, com a colheita, em nível estadual, chegando a 76%,
com 23% delas já maduras. As produtividades estão acima do esperado
e oscilam entre 7 mil e 7,5 mil kg/ha. A qualidade também é
considerada boa e sem problemas de rendimento no engenho.
CRIAÇÕES
Pastagens
- A oferta de forragem do campo nativo ainda é considerada
satisfatória para a época do ano, porém a qualidade vem sendo
menor, visto que a maioria das espécies de ciclo estival, como o
sorgo forrageiro, milheto e capim sudão, está em fase reprodutiva,
diminuindo sua massa verde. As pastagens de inverno ainda não estão
disponíveis para o pastoreio, ocorrendo um vazio forrageiro na
maioria das propriedades.
O campo nativo apresenta ainda uma boa
capacidade de suporte, fornecendo alimentação em quantidade e
qualidade. Os produtores realizam roçadas nas áreas de campo
nativo, para controle de plantas invasoras. Já as lavouras de milho
para silagem estão com excelente crescimento, muita qualidade e
quantidade de grãos. Durante a semana com tempo seco,
intensificou-se o processo de silagem nas propriedades.
Bovinocultura
de Leite - É notável a diferença de oferta de pasto entre
bovinocultores que têm pastagens perenes de verão implantadas, como
os tíftons, e os que trabalham com culturas anuais, como milheto,
capim sudão e sorgo forrageiro.
Visando minimizar o vazio
forrageiro é indicado antecipar a semeadura das pastagens anuais de
inverno, logo após a colheita das lavouras de verão e, embora ainda
muito pouco realizado, o escalonamento da semeadura das pastagens
anuais de verão até o mês de janeiro.
Assessoria
de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Adriane Bertoglio
Rodrigues