A safra de verão 2016/2017 no Rio Grande do Sul se encaminha para o final, sendo beneficiada pelo clima, que favorece a colheita de grãos, que se encaminha para o final. De acordo com o Informativo Conjuntural da Ematr/RS-Ascar, a colheita da soja e do milho atinge 90% das áreas cultivadas, o feijão de primeira safra está todo colhido e o arroz chega a 84%, estando todas as culturas em alinhamento com a média dos últimos cinco anos, para esta fase. Também é considerado bom o desenvolvimento do feijão de segunda safra, com cerca de 30% de área colhida e 25% das lavouras maduras para tanto.
Quanto à produtividade obtida, as estimativas de todas as culturas se mostram bem acima do que foi apresentado em setembro de 2016, indicando que o Estado colherá novamente uma das maiores produções obtidas até o momento. Os números finais da safra 2016/2017 deverão ser divulgados na segunda quinzena de maio próximo, quando serão lançadas as primeiras projeções para as culturas de inverno.
OLERÍCOLAS
Aipim/Mandioca - Já iniciou a oferta de mandioca deste ano diretamente do consumidor nas Missões e Fronteira Noroeste. Essa oferta, ainda que de forma tímida, promove o aumento dos preços em função da baixa oferta e alta procura por parte dos consumidores. Há perspectiva de uma boa safra em função do grande número de raízes nas plantas. Alguns produtores estão relatando o apodrecimento das raízes em consequência da alta umidade do solo.
Cebola - Momento de intensos trabalhos na Serra gaúcha, especialmente na preparação de canteiros para sementeiras e para a semeadura de variedades precoces. Embora a safra passada tenha sido uma das melhores em volume produzido, calibre e sanidade dos bulbos, predomina um sentimento de frustração pelo quadro de baixa precificação do produto, gerando uma disposição de reduzir a área a ser cultivada. Nos galpões, a conservação da cebola continua sendo beneficiada pelas baixas temperaturas e presença constante de vento.
CRIAÇÕES
Pastagens - As pastagens de verão, como o sorgo forrageiro, milheto e capim sudão, encontram-se em final de ciclo, com perda acentuada da qualidade e redução de oferta para os animais. As pastagens de inverno ainda não estão disponíveis para o pastoreio, ocorrendo um vazio forrageiro na maioria das propriedades.
As lavouras de milho para silagem apresentam excelente crescimento, com muita qualidade e quantidade de grãos, estando em fase final de ensilagem. Outra oferta de forragem importante desta época são as restevas de arroz recém-colhidas, que já se encontram em pastoreio, antes das primeiras geadas.
Bovinocultura de corte - O rebanho apresenta um bom escore corporal, em função da ótima disponibilidade e distribuição de chuvas no verão. Com a chegada do frio, a tendência é estabilizar o ganho de peso dos aimais. O estado sanitário do rebanho de maneira geral é bom. A época é de desmame dos terneiros e de mineralização do rebanho.
Bovinocultura de leite - O verão e o início do outono apresentaram uma condição muito favorável para o pleno desenvolvimento das pastagens, tanto nativas com cultivadas, fazendo com que os produtores obtenham bons índices de produtividade, diluindo o custo de produção. Esta entressafra de pastagens - o vazio forrageiro - é notada na grande maioria das propriedades, que ainda persistem em não plantar forrageiras perenes. Onde se tem pastagem perene (tifton-85, jiggs), o aporte forrageiro ainda é mantido, ainda que haja perda de qualidade. De maneira geral, os rebanhos apresentaram boas condições nutricionais.
A produção de leite está em queda nas pequenas propriedades, devido à redução no fornecimento de alimentação. O volume recolhido pelas empresas teve uma queda de 5% a 8%, em algumas regiões. A incidência de leite instável não ácido (Lina) começa a aparecer, o que é característico nesta época de entressafra de forragem. Percebe-se o aumento do número de produtores que estão fazendo uso da homeopatia para mastite.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues