Na  semana  passada,  enquanto caminhava  em  frente  ao  Paço  Municipal,  percebi  algumas  almofadas no  chão,  sobre  a  grama  da  Praça  Cel Lima,  no  Centro de Tupanciretã. Embora, estivessem alinhadas, aparentemente estariam secando.

Ao sair da Prefeitura, vi um aglomerado de pequenos alunos, que observavam atentamente a história narrada pela professora, caracterizada, com uma roupa que parecia ter saído de um conto infantil, traduzia sonhos em palavras. Não resisti, e parei.

Na sequência, enquanto as frases saiam do livro e chegavam aos ouvidos dos pequenos, percebi que alguns se enxiam de alegria, e poderia sentir, brotando no coração dos ouvintes, o interesse pela cultura.

A professora, traduzia lentamente, para que os meninos e meninas pudessem discernir, assimilar o que dizia o livro. Geralmente inquietos nessa idade, no máximo cinco anos, até os dispersos mantinham o silêncio em respeito aquele momento, quem sabe único para alguns.

Pensei: "A cultura não tem lugar, qualquer local pode despertar o interesse de uma criança." Quem sabe ali, naquele gesto tão simples, estivesse nascendo um estudante empenhado, ou um(a) chefe de família dedicado(a).

Ler para uma criança, além de satisfatório, ajuda na formação do caráter, auxilia na construção de vínculos que serão repassados para as geração futuras, acalma, produz sensações positivas e ilumina os pensamentos.