Presa na penitenciária feminina de Tremembé (SP), Suzane Von Richthofen deixou a unidade nesta quinta-feira (9) para o benefício de liberdade temporária do Dia dos Pais. Junto com o então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão mais velho del, Cristian, ela foi condenada em 2002 a 39 anos de prisão pelo assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen.
Suzane era aguardada pelo noivo e foi recebida com um beijo. Os dois deixaram a saída da penitenciária rapidamente em um carro. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não informou quando ela deve retornar à prisão.
A saída é um benefício concedido até cinco vezes ao ano a detentos do regime semiaberto que possuem bom comportamento e podem ficar sem vigilância, no período limitado a até sete dias, mediante o registro de um endereço fixo de permanência fora do presídio.
A lei não proíbe que criminosos condenados pelo assassinato dos pais tenham direito ao benefício nas datas comemorativas dos dias dos pais e das mães.
Suzane conseguiu a progressão de pena para o regime semiaberto em outubro de 2015. Hoje ela tenta autorização para ir para o regime aberto — em que o condenado fica em liberdade supervisionada.
Em janeiro, um laudo criminológico encomendado pelo Ministério Público de São Paulo atestou que Suzane tem condições de responder o restante da pena em liberdade. O laudo foi produzido por uma junta médica nomeada pela Justiça.
Na ocasião, os peritos avaliaram as condições clínicas e psicológicas da detenta e concluíram que ela reúne condições de voltar à vida social fora da prisão.
Em maio, Suzane foi submetida a um exame extra, o teste de Rorschach, avaliação psicológica também conhecida como “teste do borrão de tinta”. Os resultados dos exames servirão para embasar a decisão judicial sobre o pedido da defesa. Não há prazo para isso acontecer.
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