Uma operação conjunta entre o Ministério Público, Procuradoria – Geral do Estado (PGE) e Receita Estadual foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16), no Rio Grande do Sul, o objetivo é tentar recuperar R$ 13 milhões em impostos, pelo grupo familiar Burtet, que atua na área de frigoríficos, inclusive com vários prêmios na Expointer.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em uma estância em Alegrete, um frigorífico em Santana do Livramento, além de três residência e duas empresas em Tupanciretã e uma casa em Caxias do Sul.
A operação Castelo de Areia que tem participação do promotor Aureo Braga é a primeira ação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos, uma força-tarefa lançada recentemente.
Braga confirma que o grupo familiar abriu e fechou várias empresas desde de 2002, sempre alegando falências, e colocando cada uma delas em nome de familiares, com isso, o promotor entende que este tipo de ação serve para blindagem patrimonial para evitar execuções fiscais, desviando os bens para novas empresas. Por último foi aberta uma empresa de participações.
O grupo deixava dívidas tributárias milionárias de difícil recuperação pelo Estado.
Investigação
Segundo a investigação, Pedro Antônio Burtet, iniciou as atividades como sócio oculto de um frigorífico. Depois destinou inúmeros procurações para mulher e às filhas.
“- Com isso, protegiam-se de sanções administrativas, cíveis e penais. Há pelo menos 27 ações judiciais em âmbito estadual contra o grupo familiar.” Revelou o promotor em matéria pública por Gaúcha ZH, na manhã de hoje (16).
A última empresa dos Burtet, de participações, adquirida estância em Alegrete, que também foi alvo de mandado judicial na manhã desta quinta. A suspeita é de que estaria ocorrendo lavagem de dinheiro por meio desta empresa, destinas administrar bens próprios.
Cita a reportagem, que além de fazendas adquiridas recentemente, o frigorífico em Tupanciretã, foi adquirido pelo valor de R$ 2,7 milhões.