Angústia e aflição, sentimento de dor e revolta, o silêncio no camping do Balneário Toropi foi quebrado com a dor dos familiares do jovem Pedro Afonso Padilha, de 17 anos, que nadava na companhia dos irmãos e de um cunhado quando submergiu e não retornou à superfície.
Segundo relato colhido pela reportagem, todos correram para tentar localizar o adolescente, mas com o passar das horas ficava cada vez mais difícil resgatá-lo com vida.
- Tentei salvá-lo, não foi possível, revelou o sargento da reserva da Brigada Militar, Sandro Moraes, com mais de 20 anos de Operação Golfinho. Ele estava no camping e correu para o rio assim que foi informado.
O Corpo de Bombeiros enviou uma equipe especializada nesse tipo de trabalho, o grupo com três bombeiros veio de Porto Alegre a Quevedos para realizar o resgate, quando por volta das 16h25, deste domingo (26), o corpo de Pedro emergiu lentamente do rio, sendo localizado e seu corpo encaminhado para os atos fúnebres pela Funerária Rhema.
A reportagem conversou com o 1° sargento ILHA, Cia Especial de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul, que liderou as buscas pelo jovem.
- Nos deslocamos de Porto Alegre pela necessidade de efetivo
do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, viajamos durante a madrugada e chegamos
aqui (local), por volta de 10 h. Realizamos três mergulhos de aproximadamente
45 minutos à uma hora cada um, e nesse último a vítima acabou emergindo devido
ao tempo de afogamento, pois já se aproximava das 24 horas, revelou o sargento.
Ainda conforme Ilha, a maior dificuldade foi o deslocamento de Porto Alegre a Quevedos e também os pontos divergentes do local exato aonde o rapaz acabou se afogando.
- Ele submergiu próximo da onde disseram incialmente estávamos indo até
o local, quando ele veio à superfície, encerrou o sargento, que agradeceu o
apoio recebido.
Estima-se que o local onde o jovem acabou se afogando pode chegar oito metros de profundidade.