Mais uma vez caiu no colo dos comerciantes a
precariedade fiscalizadora do município, além de prejudicados por estarem
limitados em suas atividades em cumprimento ao distanciamento social devido à
bandeira laranja que vigora na região há três semanas ininterrupta, agora,
serão responsáveis por gerir opiniões difusas.
Dentro da limitação fiscalizadora, pois sabemos as
dificuldades enfrentadas e das constantes demandas do setor, o fato de empresas
dispensarem clientes que não utilizem máscara ou tentem entrar com crianças nos
estabelecimentos limita a capacidade de a empresa cuidar do que sabe: vender e
oferecer seus serviços. Para isso não tem o poder fiscalizador e o ato de usar
ou não a máscara cabe a cada um dentro do seu entendimento ou ignorância.
Por outro lado, a aversão tipicamente criada aos arruaceiros
das madrugadas, ou ‘boêmios tupancys’ foi uma ótima decisão, embora, sem
precedentes legais, pois não há contingente suficiente para uma intervenção
imediata, a multa de mais de R$ 6 mil pode inibir os festejos incontroláveis,
como no caso da ‘Ilha’, onde jovens reuniam-se para quebrar o isolamento
social, duas centenas pelo menos, os desgarrados ficarão sem dinheiro, ou terão
de vender o som potente de seus automóveis para pagar a salgada e merecida
multa.
Fato é que o governo municipal erra ao balizar
comerciantes e festeiros, e mais uma vez pune as crianças que estão cada vez
mais restritas dentro de seus lares sem direito algum garantido e longe do
convívio social, pois bares e canchas de bocha seguem abarrotados de frequentadores.
Ainda, esses
mesmos andarilhos das madrugadas estão cada vez mais distantes da Lei, pois a
sociedade está perdendo, enquanto a cada semana o Poder Público busca sugerir
novas medidas, pois o estacionamento na Avenida Vaz Ferreira está restrito,
estabelecimentos obrigados a fiscalizar ou até mandar clientes embora, mas
mesmo assim, diante da falta de força policial eles seguem livres, à margem das
leis, e as pessoas que colaboram voluntariamente cada vez mais pressionadas a
cumpri-las.